Três pessoas morreram em um acidente na tarde de ontem no km 464 do Anel Rodoviário, no Bairro Universitário, Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O veículo pegou fogo depois de bater em um poste e dois passageiros morreram carbonizados. O motorista ficou com parte do corpo do lado de fora do carro e foi retirado bombeiros, mas já estava morto. A polícia não teve como identificar as vítimas, mas um comerciante reconheceu o condutor como sendo Roberto José Ferreira, de 33 anos, pedreiro que havia prestado serviços para ele na semana passada. Os outros dois seriam um irmão de Roberto, Dirceu, de 40, também pedreiro, e um amigo dos dois, que seria um cabeleireiro conhecido por Gerson, de 52. Esses dois ficaram carbonizados e serão identificados por exames no Instituto de Criminalística.
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Acidente mata 3 no Anel Rodoviário Motoqueiro é atingido no pescoço por linha chilena em Montes ClarosCarro pega fogo e três morrem carbonizados em acidente no Anel RodoviárioAcidente entre carreta e van deixa 14 feridos em Montes ClarosMotorista morre em batida com carreta na BR-459Colisão entre caminhonete e ônibus deixa uma pessoa morta e feridos em Pedro LeopoldoO comerciante Paulo dos Santos Ribeiro, de 52 anos, é dono de um restaurante no Bairro Universitário e conta que os irmãos Roberto e Dirceu trabalharam para ele em uma obra no Bairro Belo Vale, em Santa Luzia, na Grande BH.
Dirceu é casado, teria quatro filhos e morava com a família em Catas Altas, Região Central de Minas. Ele estava em Belo Horizonte havia três semanas para ajudar o irmão Roberto na obra. “Dirceu comentou comigo que Roberto estava bebendo demais e dirigindo, que pensava até em voltar para Catas Altas. Roberto corria demais e dava até medo andar com ele”, disse o comerciante.
Segundo Paulo, Roberto morava em um hotel no Bairro Universitários e há duas semanas havia se mudado para um barracão que construía no Bairro São Gabriel, Região Nordeste da capital. “Nem tinha batido a laje ainda”, comentou.
Duas faixas da pista do Anel, sentido Rio, foram interditadas.
Na hora do incêndio, outros motoristas pararam para tentar apagar as chamas e foram gastos sete extintores. Os bombeiros, policiais da PMRv e até do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram para o local. Os bombeiros precisaram cortar a lataria do veículo para retirar os corpos de duas das vítimas, que foram levadas para o Instituto Médico Legal (IML). Houve vazamento de óleo no asfalto e foi preciso jogar pó de serragem para evitar derrapagens.
BLITZ Policiais civis, militares, rodoviários federais e estaduais, além de guardas municipais, se uniram em uma megaoperação da Lei Seca na tarde de ontem, em vários regiões do estado. Somente nas rodoviais federais houve abordagens em 60 pontos de fiscalização. Na capital, a operação “Sou mais pela Vida. Dirijo sem Bebida” ficou concentrada na Avenida Pedro I, no Bairro Planalto, Região Norte.
De acordo com o delegado de acidentes de veículos Pedro Ribeiro, pelo menos uma vez por mês são feitas operações simultâneas no estado, além das ações de rotina da Polícia Militar.
A operação de ontem começou às 15h. Em duas horas, oito veículos e uma moto em condições de serem apreendidos foram parados. Os policiais estavam verificando a disponibilidade dos pátios de recolhimento de veículos. Se não houvesse vagas, carros e motos seriam liberados para responsáveis habilitados e os documentos dos motoristas retidos. Às 17h15, todos os condutores abordados haviam passado no teste do bafômetro. “Pode ser um indicativo de que os motoristas estão mais conscientes da Lei Seca”, disse o delegado. O passageiro de um carro foi flagrado preparando um cigarro de maconha e foi feito boletim de ocorrência por uso de drogas. O carro em que ele estava também estava com o documento irregular..