Moradores da fazenda disseram que o animal é de grande porte e muito feroz. Ele ficava em um chiqueiro com um animal menor. Roberto Carlos Coutinho estava limpando a instalação quando foi atacado a mordidas. De acordo com a Polícia Militar (PM), as testemunhas disseram que, mesmo ferido, ele conseguiu se sentar e foi retirado do chiqueiro por outro lavrador. Ele já estava quase desacordado.
Uma das moradoras da fazenda pediu socorro aos vizinhos. Um deles chegou a ir à propriedade em um carro para transportar a vítima, mas quando eles chegaram ao local Roberto já estava morto. A perícia da Polícia Civil informou que ele sofreu ferimentos graves na perna esquerda. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Manhuaçu e, posteriormente, para uma funerária da região.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, a mulher relatou no boletim de ocorrência que o funcionário estava embrigado e que ela pediu para ele não entrar no chiqueiro porque o animal é agressivo e somente é tratado pelo dono. No entanto, a vítima insisiu e entrou no chiqueiro, sendo atacada logo em seguida.
Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os javaporcos adultos podem chegar a pesar 130 quilos, enquanto o javali comum pesa 80. A subespécie e outros híbridos do javali se disseminaram pelo Brasil e, em vida livre, são considerados nocivos às espécies nativas, agricultura, pecuária, além de representar riscos à segurança e à saúde pública.
Desde 2013, a caça de javalis é permitida no Brasil, desde que siga as normas da instrução normativa nº 03/2013, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).