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Estado de Minas

Painéis instalados no Parque Municipal de BH contam história da Pampulha

Imagens do complexo declarado Patrimônio da Humanidade integram exposição na mais conhecida avenida do Centro de BH. Mostra divulga título, a ser entregue em 17 de agosto


postado em 26/07/2016 06:00 / atualizado em 26/07/2016 07:57

Universitário Augusto Bastos admira fotos e considera merecido reconhecimento a estruturas como a igrejinha e a Casa do Baile(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Universitário Augusto Bastos admira fotos e considera merecido reconhecimento a estruturas como a igrejinha e a Casa do Baile (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Uma joia mundial retratada em cores, formas, curvas, beleza natural e arquitetura. O conjunto moderno da Pampulha, reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ganha exposição de fotos, ao ar livre, no Centro de Belo Horizonte, e já atrai olhares de admiração de moradores e visitantes. “Trata-se de uma homenagem aos bens culturais agora destacados pela instituição internacional. Estamos trazendo a Pampulha para a Avenida Afonso Pena, uma via por onde milhares de pessoas passam diariamente; gente que chega pela rodoviária, enfim, que vem de todos os lados da cidade”, disse o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC) e interino da Belotur, Leônidas Oliveira.


Leônidas adiantou que a entrega do diploma de Patrimônio Cultural da Humanidade será no próximo dia 17, em horário a ser definido, no Museu da Arte da Pampulha (MAP). Estarão presentes, além de autoridades municipais, o representante da Unesco no país, o francês Lucien Muñoz, o ministro da Cultura, Marcelo Calero, e a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa. Minas é o estado brasileiro com maior número de bens reconhecidos pela instituição, estando o complexo mais famoso da capital agora ao lado dos centros históricos de Ouro Preto e Diamantina e do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas.

Na tarde de ontem, a equipe da FMC montava os painéis com 44 registros do fotógrafo Marcílio Gazzinelli, cada um medindo 1,50 metro por 1,80m. Segundo a assessora da fundação, Maria Carolina Ladeira, há fotos coloridas, em preto e branco e infravermelho. “O objetivo é mostrar a paisagem da Pampulha e o conjunto arquitetônico”, disse Maria Carolina, enquanto observava os trabalhos, com moldura branca e o símbolo da campanha pela conquista do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, afixados na grade do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, entre a portaria da unidade e o Mercado das Flores, na esquina da Rua da Bahia.

De caráter itinerante, a exposição poderá ser vista dia e noite e, segundo Leônidas, receberá iluminação na próxima quinta-feira. Muitas das fotos, segundo Maria Carolina, integraram o dossiê da candidatura da Pampulha apresentado à Unesco e outras foram produzidas por Marcílio Gazzinelli especialmente para a exposição promovida pela FMC e Belotur.

PREFERÊNCIAS Na mostra, os visitantes poderão ver os prédios projetados por Oscar Niemeyer (1907-2012) na década de 1940: a Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), antigo cassino, o Iate Tênis Clube e a Casa do Baile, atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte, e, claro, o espelho d’água que interliga as construções. Ao admirar a mostra, o estudante de engenharia de produção Augusto Bastos, de 19 anos, morador do Bairro Prado, na Região Oeste, avaliou que o título é merecido. “Gosto muito da Casa do Baile e da igrejinha. As curvas no concreto são espetaculares e a exposição está muito bonita. Conheço muito a Pampulha, pois estudo na Universidade Federal de Minas Gerais”, afirmou.

Ao longo da grade do parque, pode-se ver todos os ângulos do patrimônio agora com a chancela da Unesco. Há detalhes dos jardins concebidos por Roberto Burle Marx (1909-1994), aproveitando plantas do cerrado e compondo o entorno da igrejinha e do MAP; os murais e pinturas de Cândido Portinari (1903-1962), que encantam quem vê de fora ou internamente; as esculturas do polonês Augusti Zamoyski (1893-1970) e dos mineiros José Alves Pedrosa (1915-2002) e Alfredo Ceschiati (1918-1989), nos jardins do MAP, e os mosaicos do carioca Paulo Werneck (1908-1987), que cobrem a estrutura da igrejinha.

“Ainda não pude ir à Pampulha depois da conquista do título. Mas esta exposição supre a minha falta de tempo”, disse um jovem com a namorada que percorreu toda a extensão da grade do parque, mas depois saiu correndo para pegar o ônibus.
Painéis foram instalados ontem e devem ganhar iluminação na quinta-feira(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Painéis foram instalados ontem e devem ganhar iluminação na quinta-feira (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


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