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Estado de Minas

Família de bebê com tumor no pescoço ganha liminar na Justiça para Estado pagar tratamento

Miguel tem um linfagioma no pescoço e precisa de medicação importada do Japão que custa cerca de R$ 7 mil a cada três meses


postado em 26/07/2016 12:41 / atualizado em 26/07/2016 15:39

A família do pequeno Miguel, que tem de dois meses de vida e luta contra um linfagioma desde o nascimento, um tumor benigno causado pela má-formação do tecido vascular-linfático, conseguiu uma liminar na Justiça que obriga ao Governo de Minas Gerais a financiar o tratamento do bebê, que precisa de um medicamento importado do Japão. O remédio não é oferecido na rede pública. A cada três meses, o garoto deve tomar duas doses do medicamento OK 432 - Picibanil. Apenas uma dose da medicação custa 900 dólares, aproximadamente R$ 2,9 mil.

Miguel nasceu no dia 3 de maio na Maternidade Odete Valadares e foi transferido para o Hospital Odilon Behrens, na Região Noroeste de Belo Horizonte, que assumiu o caso. Segundo o pai do bebê, o pedreiro Marcelo Dutra Gomes, o filho vem sendo atendido no hospital e recebe os cuidados necessários, mas não tem acesso a medicação importada porque as doses não são oferecidas na rede pública.

A família chegou a fazer um apelo nas redes sociais para angariar dinheiro para comprar o medicamento. Porém, como ganharam uma liminar na Justiça, a campanha deve ser finalizada. “Através das divulgações pelos jornais, televisões e rádiso, que conseguimos conquistar o nosso primeiro objetivo. Vou comprar somente a primeira dose do medicamento e o restante o governo deve comprar”, disse Marcelo.

Ele explicou ainda que o linfagioma é um tumor benigno, mas que tem atuação maligna no corpo de Miguel. "O tumor é reincentivado. Isso significa que é retirado, mas cresce de novo. Miguel já passou por uma cirurgia para a retirado 80% do tumor e os outros 20% que ficaram, já cresceram", lembra. Segundo Marcelo, algumas crianças que enfrentam a mesma doença chegam a utilizar o medicamento por até 5 anos.

Miguel passaria por nova cirurgia ontem para a retirada de parte do tumor, que foi cancelada já que ele contraiu uma infecção hospitalar. O bebê vem sendo tratado com antibióticos e a cirurgia foi remarcada para a próxima segunda-feira. "Caso a gente não consiga o medicamento até lá, vamos ter um prazo até a quarta-feira que vem para eu ir até São Paulo, comprar por conta própria e trazer o medicamento para que ele possa ser operado", conta.


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