Mais uma quadrilha de pichadores que atua em Belo Horizonte e cidades da região metropolitana está na mira das autoridades. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão para encontrar elementos e ouvir integrantes da organização criminosas. Algumas pessoas foram levadas para a delegacia onde foram ouvidas e liberadas. Os nomes e o teor dos depoimentos não foram repassados para não atrapalhar nas investigações.
A ação começou no início do dia desta quarta-feira. Policiais civis visitaram endereços em busca de provas que incriminam os suspeitos. A operação foi chamada de Cidade Limpa. Segundo as investigações, a organização criminosa atua na capital mineira, Contagem e Ribeirão das Neves, na Grande BH.
A equipe que participou das atividades é a mesma que prendeu pichadores que atacaram a Igreja São Francisco, conhecida popularmente como a Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte, em março deste ano. Três pessoas foram denunciadas por envolvimento no crime, o que foi acatado pela Justiça. Duas delas, Mário Augusto Faleiro Neto, o Maru, de 25 anos, e João Marcelo Ferreira Capelão, o Goma, foram presos.
Os três foram denunciados pela prática de pichação em monumento tombado, apologia de fato criminoso, deixar de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental e promover publicidade enganosa ou abusiva. Além disso, vão responder por associação criminosa. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o juiz acatou a denúncia. Em 7 e 11 de julho, os réus passaram por uma audiência de instrução.
O processo está com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que irá fazer as alegações finais a respeito do caso. Em seguida, será a vez da defesa dos acusados se pronunciar. Como em julho é mês de férias forense, a decisão sobre o caso só será analisado em agosto deste ano.