O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), afirmou ontem, ao cumprir agenda em Belo Horizonte, que não há previsão de novos investimentos na operação do Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro, mas conhecido como hospital do Barreiro, além dos R$ 15 milhões anuais já anunciados no começo do mês. Com isso, a unidade hospitalar ganhará 40 leitos, que se somam aos 49 em funcionamento com recursos municipais, mas fica longe de ativar 100% de sua capacidade (451 leitos) para atendimento de 70% de pacientes da capital mineira e 30% de outras cidades, incluindo a região metropolitana de BH.
O repasse federal de R$ 1,250 milhão por mês, que começa em agosto, vai se somar aos R$ 4 milhões mensais que vêm sendo gastos na operação do hospital, conforme números da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte. O 49 leitos atuais se dividem entre 39 de observação e 10 de CTI. A partir de agosto, serão R$ 5.250 milhões por mês para que a unidade opere com 89 leitos, ficando o ministério responsável pelo repasse de 23,8% do custeio mensal.
A secretaria da capital diz que são necessários R$ 20 milhões todos os meses para que a unidade atenda a população da forma como foi prevista, valor que deveria ser dividido entre as três esferas do poder público: 50% para o governo federal, 25% para o estado e 25% para o município, pelo fato de o hospital ser 100% vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais informou que o repasse estadual está em negociação com o município, tendo em vista o recente anúncio do governo federal.
“Não é uma equação fácil. Estamos em um momento de grande dificuldade de orçamento, mas vamos trabalhar, vamos lutar para que isso aconteça o mais rápido possível para a comunidade do Barreiro”, disse Barros. “(São) R$ 15 milhões para funcionamento de 80 leitos. Esses recursos já estão disponíveis e em dois meses devem estar operando esses 80 leitos”, acrescentou o ministro.
O prefeito de BH, Marcio Lacerda, acompanhou o ministro na visita ao hospital e se mostrou compreensivo com a situação. “Inclusive, os repasses neste ano para a saúde como um todo estavam até recentemente 7% inferiores ao ano passado em termos nominais. Isso em função do ajuste fiscal muito forte que o novo governo está sendo obrigado a fazer”, detalhou Lacerda. A previsão do prefeito é de que o hospital só entre em funcionamento pleno em 2017.
Sobre a possibilidade de aumentar o valor do repasse, o ministro Ricardo Barros desconversou e disse que precisa analisar o caso com a equipe econômica do governo Michel Temer. “Vim conhecer a iniciativa, parabenizar pela parceria e estou sensibilizado para conversar com a área econômica do governo, porque novas responsabilidades financeiras do ministério só posso fazer com uma autorização da área econômica”, pontuou Barros.
O ministro descartou o risco de um colapso na saúde e creditou a falta de recursos para o setor à incapacidade da população de pagar mais impostos. Ele também visitou o Hospital da Baleia, na capital mineira, e disse que ainda não defende a volta da CPMF (imposto do cheque) para cobrir os gastos com novos atendimentos.
DENGUE Barros disse ainda que não há previsão de uma vacina contra a dengue ser oferecida pelo SUS e pediu à população que ajude a combater o mosquito Aedes aegypti. O ministro afirmou que a pasta investiu R$ 300 milhões no desenvolvimento de uma vacina, em fase de testes com humanos, e lembrou que uma vacina francesa homologada ainda não foi aprovada pelo Comitê de Novas Tecnologias. Sobre a realização dos jogos olímpicos no Brasil, Ricardo Barros disse que o país cumpriu todas as obrigações e está preparado com leitos e antídotos para qualquer acidente. (Colaborou Guilherme Paranaiba)
O repasse federal de R$ 1,250 milhão por mês, que começa em agosto, vai se somar aos R$ 4 milhões mensais que vêm sendo gastos na operação do hospital, conforme números da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte. O 49 leitos atuais se dividem entre 39 de observação e 10 de CTI. A partir de agosto, serão R$ 5.250 milhões por mês para que a unidade opere com 89 leitos, ficando o ministério responsável pelo repasse de 23,8% do custeio mensal.
A secretaria da capital diz que são necessários R$ 20 milhões todos os meses para que a unidade atenda a população da forma como foi prevista, valor que deveria ser dividido entre as três esferas do poder público: 50% para o governo federal, 25% para o estado e 25% para o município, pelo fato de o hospital ser 100% vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais informou que o repasse estadual está em negociação com o município, tendo em vista o recente anúncio do governo federal.
“Não é uma equação fácil. Estamos em um momento de grande dificuldade de orçamento, mas vamos trabalhar, vamos lutar para que isso aconteça o mais rápido possível para a comunidade do Barreiro”, disse Barros. “(São) R$ 15 milhões para funcionamento de 80 leitos. Esses recursos já estão disponíveis e em dois meses devem estar operando esses 80 leitos”, acrescentou o ministro.
O prefeito de BH, Marcio Lacerda, acompanhou o ministro na visita ao hospital e se mostrou compreensivo com a situação. “Inclusive, os repasses neste ano para a saúde como um todo estavam até recentemente 7% inferiores ao ano passado em termos nominais. Isso em função do ajuste fiscal muito forte que o novo governo está sendo obrigado a fazer”, detalhou Lacerda. A previsão do prefeito é de que o hospital só entre em funcionamento pleno em 2017.
Sobre a possibilidade de aumentar o valor do repasse, o ministro Ricardo Barros desconversou e disse que precisa analisar o caso com a equipe econômica do governo Michel Temer. “Vim conhecer a iniciativa, parabenizar pela parceria e estou sensibilizado para conversar com a área econômica do governo, porque novas responsabilidades financeiras do ministério só posso fazer com uma autorização da área econômica”, pontuou Barros.
O ministro descartou o risco de um colapso na saúde e creditou a falta de recursos para o setor à incapacidade da população de pagar mais impostos. Ele também visitou o Hospital da Baleia, na capital mineira, e disse que ainda não defende a volta da CPMF (imposto do cheque) para cobrir os gastos com novos atendimentos.
DENGUE Barros disse ainda que não há previsão de uma vacina contra a dengue ser oferecida pelo SUS e pediu à população que ajude a combater o mosquito Aedes aegypti. O ministro afirmou que a pasta investiu R$ 300 milhões no desenvolvimento de uma vacina, em fase de testes com humanos, e lembrou que uma vacina francesa homologada ainda não foi aprovada pelo Comitê de Novas Tecnologias. Sobre a realização dos jogos olímpicos no Brasil, Ricardo Barros disse que o país cumpriu todas as obrigações e está preparado com leitos e antídotos para qualquer acidente. (Colaborou Guilherme Paranaiba)