Jornal Estado de Minas

Suspeito de matar empresário em Macacos veio do Rio para cometer o crime

O suspeito de morte do empresário Édson Batista, de 65 anos, veio do Rio de Janeiro para cometer o crime, segundo as investigações. O homem foi encontrado morto debaixo de um sofá no sítio onde morava, em Macacos, distrito de Nova Lima, na Grande BH. Evaldo Pereira de Souza foi apresentado pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira.

Vítima e suspeito se conheciam há 10 anos, segundo o Evaldo. Édson era proprietário de uma empresa de cegonheiras que fica em Contagem, também na região metropolitana. A esposa de Evaldo mora na mesma cidade, enquanto ele vive no Rio de Janeiro, onde trabalha em uma usina de energia. O suspeito vinha a Minas a cada 15 dias.

De acordo com o delegado Fernando Marins, o homem desconfiou que Édson tinha um caso com a sua esposa, e começou a vasculhar o WhatsApp, onde encontrou conversas que aumentaram suas supeitas.
A polícia acredita que ele planejou o crime. Evaldo chegou a Macacos na última sexta-feira e começou a procurar Édson por todo o distrito, sem sucesso. Ele acabou localizando o homem no sábado e passou todo o dia com ele. A Polícia Civil teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram Evaldo andando pela cidade.

Conforme o delegado, Evaldo e Edson tomaram café da manhã e almoçaram juntos. Segundo ele, Édson chegou a mandar uma mensagem para uma das filhas dizendo que ele estava agindo de forma estranha. Segundo Fernando Marins, Evaldo disse que perguntou ao empresário se ele tinha um caso com sua esposa.
Na versão dele, Édson confirmou a relação e os dois brigaram.

Evaldo disse ao delegado que durante a briga empurrou Édson, que caiu e bateu a cabeça. Ele então jogou um cobertor sobre o corpo e foi embora. No entanto, de acordo com a Polícia Civil, a perícia constatou um ferimento na cabeça do homem e quatro perfurações nas costas, apesar de Evaldo negar ter esfaqueado o suposto rival.

Evaldo Pereira de Souza (esq) e a vítima, Édson Batista, por volta das 16h, uma hora antes do crime. Imagens foram flagradas por câmeras de segurança - Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoPRISÃO Na terça-feira, os policiais entraram em contato com Evaldo após concluírem que ele havia estado com a vítima. O suspeito passou o dia na delegacia negando o crime, mas acabou caindo em contradição. Conforme o delegado Fernando Marins, ele chegou a dizer ter procurado Édson para fazer um móvel, depois disse que estava pegando telefones de pousadas, mas ele foi confrontado com as provas dos investigadores e acabou confessando.

Entre as pistas encontrada pela polícia estava um botão de roupa encontrado ao lado do corpo de Édson.
Segundo Marins, Evaldo se apresentou na delegacia usando uma camisa com botões idênticos ao que foi localizado.

Veja a reportagem da TV Alterosa


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