A contenção dos rejeitos da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, foi o tema da reunião entre a Samarco, as suas controladoras Vale e BHP Billinton, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e outros órgãos, nesta quinta-feira. A preocupação é com o próximo período chuvoso, pois a lama de mineração pode causar mais danos ao meio ambiente e também romper a Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
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BHP disponibiliza US$ 1,3 bilhão para custos de desastre ambiental de MarianaApós tragédia de Mariana, alteamento a montante de barragens não será aprovadoMPF recomenda que DNPM deixe de aprovar barragens como a que rompeu em MarianaJustiça manda recolher peças doadas por artistas às vítimas de tragédia de MarianaIbama aplica nova multa milionária à SamarcoPesquisas apontam soluções ecológicas para rejeitos de minério da SamarcoIbama prevê novos vazamentos de lama em Mariana durante as chuvasSamarco vai dispensar 281 funcionários para alcançar 40% de demissõesChuvas vão ser teste de segurança para retomada da mineração da SamarcoO último relatório concluído pelo Ibama sobre as ações da Samarco na área mais degradada pela tragédia de Mariana traz uma preocupação. O documento, divulgado em 21 de julho, constata que ações importantes para o correto carreamento de rejeitos acumulados ao longo de 102 quilômetros entre a Barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, não foram implementadas. A situação coloca a barragem da usina em risco de rompimento, já que a estrutura sofre a pressão de 10,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
Em nota, o Superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belisário, mostrou preocupação com a situação.
Essa é a 3º reunião da Câmara de Rejeitos e Segurança Ambiental do Comitê Interfederativo do Rio Doce (CRSA/CIF), criado para fiscalizar e verificar as ações para reverter os danos da tragédia de Mariana. Além das empresas e do Ibama, participaram do encontro, consultores técnicos, integrantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), do Consórcio Candonga, Cemig, Agência Nacional de Águas (ANA).
Em nota, a Samarco informou que mensalmente as entidades envolvidas nas ações de recuperação e remediação dos impactos do rompimento da barragem discutem os projetos já em curso, além de melhorias e aperfeiçoamentos em suas execuções.
Afirmou, ainda, que o trabalho de dragagem “foi intensificado no início deste mês” e “está dentro do cronograma”. A previsão é que a dragagem dos primeiros 400 metros seja concluída até junho de 2017, “o que permitirá a volta da operação da usina”. “A estabilidade da barragem da hidrelétrica já foi atestada dentro dos padrões de normas técnicas pelo Consórcio Candonga, responsável pela operação da usina", completou. .