Mais um homem envolvido no assassinato brutal de Diego de Paula Silva, de 20 anos, agredido até a morte na Estação Venda Nova do Move, em 29 de maio, foi preso pela Polícia Civil. Roberto Douglas de Lima Guimarães, de 19, foi localizado nessa segunda-feira no Bairro Goiânia, na Região Nordeste de Belo Horizonte. O crime teria sido motivado por um desentendimento durante uso de drogas. Outro homem já tinha sido detido por causa do homicídio, além de cinco adolescentes.
De acordo com a Polícia Civil, Roberto foi localizado durante a tarde no Bairro Goiânia. No momento em que foi identificado pelos investigadores, ele estava vestindo a mesma bermuda que usava no dia do crime. Em 3 de junho, Pablo Neves Campos, de 20, já havia sido preso por causa do assassinato. Eles foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima, assim como por corrupção de menores. Os adolescentes identificados foram encaminhados à Promotoria de Justiça da Criança e da Juventude.
A identificação dos envolvidos no crime ocorreu depois da participação da população. Uma carta foi entregue na Delegacia de Venda Nova com as fotos de alguns envolvidos horas depois do crime. Com os levantamentos da polícia, foi pedida a prisão temporária de Pablo, além de mandados de busca e apreensão.
O grupo não conhecia a vítima. De acordo com a delegada Indiara Fróes, responsável pelo caso, os agressores informaram que estavam usando drogas na estação quando Diego chegou ao local. Eles afirmaram que a vítima pediu para fazer o uso do entorpecente, que seria loló, e foi atendido pelo grupo.
Enquanto Diego fazia o uso da droga, o ônibus que o grupo esperava chegou e eles foram caminhar até o veículo. Nesse momento, um dos adolescentes pediu novamente o frasco com a droga, mas a vítima se negou a entregá-lo e empurrou o garoto. Segundo as investigações, os outros envolvidos voltaram de onde estavam e começaram a agredir o jovem. Ele foi levado para o corredor onde passam os ônibus e tentou se defender, mas, sofreu uma rasteira e caiu. Depois, recebeu diversos chutes no abdômen e na cabeça.
Quando a Polícia Militar (PM) chegou, ele já estava morto, mas uma testemunha apontou que um dos agressores deixou um celular cair no momento da fuga. Apesar de o aparelho ter se quebrado, foi possível recuperar o chip, uma das provas usadas pela Polícia Civil.
(RG)