A Polícia Federal (PF) vai enviar à Justiça, nos próximos dias, o inquérito que investigava um grupo criminoso que tentou enviar para a África cocaína escondida em bagagens. As apurações começaram depois que uma paraguaia tentou embarcar no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 5,5 quilos da droga escondidos em um livro.
O flagrante ocorreu em 7 de junho. De acordo com a PF, a suspeita teria embarcado em um ônibus em Foz do Iguaçu (PR) com destino a São Paulo (SP), onde teria pegado a mala em que a droga estava escondida. Da capital paulista, ela teria viajado para Belo Horizonte, também de ônibus. Segundo a PF, de Confins ela voaria para Lisboa, em Portugal, e de lá seguiria para a África. A suspeita foi detida durante uma fiscalização de rotina com checagem de raio x e cães farejadores.
As investigações tiveram início por causa desta prisão. Já com o inquérito aberto, outro estrangeiro acabou preso preventivamente em Guarulhos, São Paulo. Já foram identificados três estrangeiros e uma brasileira integrantes da quadrilha.
Todos foram indiciados pela polícia por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico de drogas. Se condenados, podem pegar até 15 anos de prisão.
Prisão em Confins
Em julho, uma prisão semelhante à da paraguaia foi realizada no Aeroporto. Uma mulher foi presa com quatro quilos de cloridrato de cocaína quanto se preparava para viajar ao exterior. Ela foi abordada ao passar pelo aparelho de raio x, procedimento de praxe para os embarques. Segundo a PF, a mulher se comportava de forma suspeita no terminal e por isso atraiu a atenção dos agentes da corporação. Brasileira de Macapá, capital do Amapá, ela embarcaria em um voo da TAP para Lisboa, em Portugal, e de lá pegaria uma conexão para Cabo Verde, na África.
O nervosismo da mulher chamou a atenção dos agentes da PF, que desconfiaram também do peso incompatível da bagagem e encontraram pacotes parecidos com sabonete e barras de chocolate branco na mala. Quando eles as abriram acabaram encontrando a droga. Os policiais testaram o material encontrado e comprovaram que se tratava de cloridrato de cocaína, nome usado para o formato em pó da substância. Uma comparsa da presa fugiu depois da abordagem e acabou detida na Rodoviária de Belo Horizonte quando tentava viajar para São Paulo.
O em.com.br entrou em contato com a PF para saber se os dois casos têm ligação, mas ainda não recebeu a resposta.
RB