“Saiu Pokémon Go”. Bastou o alerta em rede social para que, em minutos, a Praça da Liberdade se tornasse um dos pokestops (pontos e paradas em que é possível capturar pokemons) preferidos dos jogadores na noite desta quarta-feira, até mesmo pela segurança, para evitar oportunistas atraídos pelo grande número de smartphones.
“Quando meu amigo me disse que o jogo estava funcionando, corremos para praça, pois aqui tem mais policiamento. É também um espaço diferenciado, com grama, água e prédios históricos, um ótimo cenário para jogar”, disse o estudante de pré-vestibular Gustavo Mendonça, de 19 anos.
O amigo dele Luiz Fernando Theodoro, de 20, que cursa engenharia, comemorou o primeiro dia oficial do jogo na capital mineira. “É uma data especial, pois faço aniversário hoje. É um presente de aniversário.” A estudante de medicina veterinária Joanna Malheiros, de 19, namorada de Gustavo e amiga de Luiz foi além: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Há um ano estava esperando pelo game; me sinto um mestre Pokémon”, brincou.
A Praça da Liberdade também foi palco de uma antiga – e saudável - rivalidade entre o advogado Victor Carneiro, de 23, e seu irmão, o estudante de direito Henrique Carneiro, de 22. Acostumados às disputas nos game boys e outras plataformas, quando na infância e adolescência Pokémon era um dos jogos preferidos, eles iniciaram o confronto em realidade virtual.
"Estava em casa, quando meu irmão me ligou contando a novidade.
“Vinha acompanhando nos sites e pela rede social me disseram que o game tinha sido liberado. É uma distração, que também faz lembrar os bons tempos de game boy. Antes de tudo é algo lúdico, por meio da realidade virtual, que vai tirar as pessoas de casa e trazê-las para os locais públicos, promovendo uma interação social”, sugeriu o advogado.
E quem endossa o pensamento de Victor é o estudante de sistemas Matheus Cunha, de 22. “Vim sozinho para a praça por volta das 18h e já estou no nível 12. Desde que iniciou o game tenho acompanhado as postagens sobre o assunto.
Após muitos rumores e quase um mês de espera ansiosa de fãs, o Pokémon Go começou a funcionar nesta quarta-feira, no Brasil, em tablets e smartphones que rodam os sistemas IOS e Android. A cobrança para que o game chegasse ao país era grande. Até atletas olímpicos reclamaram da impossibilidade de poder caçar os bichinhos pela Vila Olímpica, no Rio de Janeiro.
Belo Horizonte e outras oito cidades brasileiras chegaram a ter pokestops - pontos e paradas em que é possível capturar pokemons - mapeados pelos irmãos baianos Marcos e Tiago Conceição no fim de julho. Hoje, no entanto, quem acessar o mapeamento vai encontrá-lo em branco, sem as indicações de onde encontrar as cobiçadas criaturas. O jeito é ir para praças e parques à procura dos personagens.
(RG)
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