Acidentes com rede elétrica em obras já mataram uma pessoa e deixaram 13 gravemente feridas este ano no estado. Os dados são da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que reforça a necessidade de alerta junto a profissionais da área de construção e manutenção predial. No ano passado, mais da metade dos acidentes com a rede elétrica registrados pela empresa foram na construção civil e, em 2016, esse número também é expressivo, representando 40% do total.
A Cemig recomenda ainda que, ao iniciar a obra, principalmente se for necessário corrigir a topografia do terreno ou se houver andaimes e construção de marquises ou sacadas, é fundamental observar a localização da rede elétrica para que os serviços sejam realizados com segurança. Em alguns casos, é necessária a instalação de barreiras protetoras para garantir o manuseio seguro de vergalhões, tábuas, canos e outros materiais.
De acordo com o Demetrio Aguiar, as obras que oferecem maior risco são as que ocorrem na mesma altura da rede de média tensão, como as reformas de telhados e construção de segundo e terceiros pavimentos, por exemplo. “É preciso ter muito cuidado, porque, na rede de média tensão, não precisa nem encostar, só de a pessoa ficar a uma distância menor que 50 cm, já pode levar um choque de até 13,8 kV (13.800 volts), o que pode provocar queimaduras graves e até mesmo a morte”, alerta o engenheiro.
Outra atividade que requer muita atenção é a instalação de antenas, já que geralmente são feitas com materiais metálicos. A Cemig recomenda instalar antenas a pelo menos três metros de distância do circuito elétrico – desde que a haste de sustentação seja menor que esta distância, e os cabos do equipamento devem sempre ser protegidos por tubulação adequada. Não execute esse tipo de serviço quando houver chuvas, ventos ou relâmpagos.