A farmacêutica Laura Melo Aranha, de 26 anos, tem um autêntico leque de ingressos nas mãos, para 22 jogos, em 11 modalidades. Ela embarca no domingo para o Rio, onde vai esperar pela mãe e a irmã, Ana Luíza. Entre os jogos que escolheu estão partidas de futebol masculino e feminino, a final do vôlei masculino, tênis, saltos ornamentais, polo aquático, handebol, vôlei de praia, atletismo e natação. “Selecionamos o que gostaríamos de conhecer ou o que gostamos, como a final de ginástica artística”, afirma.
A primeira Olimpíada vai ter dias movimentados, como judô, tênis e ginástica artística na mesma data. Para conferir o atletismo e futebol, Laura terá de se deslocar para diferentes pontos da competição, mas para quase todas as outras modalidades ficará no Parque Olímpico. “Estamos muito animadas. Temos um certo medo em relação à segurança, mas, como fomos a muitos jogos da Copa, estamos esperando um clima bem parecido, com a oportunidade de conhecer pessoas e ter contato com gente do mundo inteiro”, relata Laura, que acompanha o esporte desde a infância.
O jornalista Fernando Gomes, de 47, tirou férias do trabalho só para curtir, sem interrupções, a Olimpíada no Rio. Hoje, ele embarca para a abertura e retorna a BH apenas para o Dia dos Pais, no dia 14, e para o aniversário da filha, no dia 16. Logo em seguida, toma o avião de volta para a capital fluminense, onde fica até o fim da competição. “Na Olimpíada de Londres, eu estava viajando por aquela cidade e aproveitei para ver alguns jogos. Achei o clima tão legal que falei que quando fosse no Brasil, queria ficar por conta. Ou seja, meu planejamento vem de quatro anos”, conta.
São pelo menos 15 ingressos, em modalidades bem diferentes, como hóquei, rúgbi, basquete, vôlei, futebol, ginástica e atletismo. “São esportes que eu não teria a oportunidade de ver, não fosse a Olimpíada”, diz. Mas, a maior expectativa de Gomes é para a Cerimônia de Abertura. “A maior parte dos ingressos comprei no site, sem problema, mas esse consegui em sorteio; tive muita sorte”, relata. Para ter o gostinho da descoberta, ele decidiu ver, dia a dia, quais são os competidores da vez. “Quando comprei, não sabia quem iria jogar na maioria das partidas. Então, comprei basquete para o dia tal, por exemplo. Agora, se eu olhar antes, posso me arrepender ou querer mudar e estou indo para viver o clima de Olimpíada”, afirma. Na próxima competição, em 2020, Fernando Gomes espera ganhar a companhia da filha, que terá 13 anos, para curtir os jogos no Japão. “Se tiver chance de uma terceira, será ótimo.”
PAIXÃO O estatístico Hítalo Dias, de 29, também está na expectativa para a abertura. “Artisticamente, é muito interessante – dança e música somadas com esporte, sempre emocionante e visualmente impactante. Estou ansioso para acompanhar ao vivo o que sempre vimos pela TV”, afirma. Com sete ingressos, ele vai ao Rio na companhia dos amigos Hendrigo Batista, de 28, e André Sena, de 27. Além da cerimônia de hoje, eles vão assistir a partidas de vôlei de praia e de quadra dos times feminino e masculino.
Os três, naturais de Arcos, no Centro-Oeste de Minas, moram juntos em BH e dividem ainda a paixão pelo vôlei. Hítalo e André se dedicaram ao esporte desde a infância e Hendriho, apesar de não ter sido atleta, gosta da modalidade. Para André, esta é uma oportunidade única: “O mundo inteiro vai estar lá. Ter contato com tanta diversidade é muito interessante. Ao longo da Olimpíada, se houver possibilidade de comprar outro ingresso para o fim de semana em que estarei no Rio vou aproveitar, mas é bem difícil agora”.