Jornal Estado de Minas

Kombi desgovernada atinge moto e deixa um morto no Bairro Palmeiras

O acidente atraiu dezenas de curiosos que ficaram assustados com a situação - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Negligência ou falha mecânica? A Polícia Civil investigará a causa do acidente ocorrido no início da tarde desta sexta-feira, na Rua Senhora do Porto, Bairro Palmeiras, Região Oeste de Belo Horizonte, que terminou com a morte de um motociclista e deixou o garupa gravemente ferido. O motorista Adão Verley Santos Silva contou aos policiais militares que atenderam a ocorrência que havia estacionado a Kombi de placas ARP 1570 no alto do morro, sentido Centro. Ele garantiu que puxou o freio de mão. Minutos depois de descer do veículo, a Kombi desceu a rua sem ninguém ao volante.

O veículo ganhou velocidade, invadiu a contramão e atingiu a moto guiada, no sentido oposto, por Josemar de Souza, que faleceu no local. O garupa, Diego César Nazareno Silva, foi encaminhado às pressas ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João 23. A Kombi desceu a via por cerca de 200 metros. Parou depois de bater no muro de tela de aço de uma construção civil. O veículo teve a frente destruída.
A moto ficou retorcida. “O motociclista pensou que havia alguém na direção da Kombi. Tanto que buzinou para alertar que o veículo havia invadido a contramão”, disse o sargento Glauco, um dos militares que atenderam a ocorrência.

A perícia investigará se a Kombi, plotada com a propaganda de um buffet, desceu a Senhora do Porto por falha mecânica ou negligência do motorista. O condutor foi encaminhado pelos militares para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), numa estratégia para evitar uma eventual tentativa de linchamento por parte de moradores da região.

O acidente atraiu muitos curiosos. Familiares da vítima chegaram ao local minutos depois. Emocionados, não quiseram conversar com a imprensa. Curiosos, contudo, alegaram que o acidente poderia ter resultado numa tragédia grande, caso ocorresse no fim da tarde.
“Há uma escola aqui perto. Muitas crianças sobem a rua. Imagine se fosse no horário que elas saem da sala de aula...”, disse Mateus Félix, que mora no bairro há três meses.

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