A Polícia Militar disse que vai processar a família do ex-deputado estadual Irani Barbosa, candidato a prefeito de Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, por calúnia, injúria e difamação, pela acusação de que os policiais que o detiveram ontem (10) plantaram provas. A família Barbosa acusa a corporação de ter inserido uma arma no veículo do candidato para incriminá-lo por causa das denúncias contra operações de apreensão de veículos que a PM vem fazendo no município. Os dois lados afirmam dispor de vídeos que sustentam suas versões.
O filho do candidato, deputado estadual Iran Barbosa (PMDB), apresentou a reportagem quatro vídeos de momentos distintos da ação policial. Num deles, o ex-deputado aparece cercado pelos policiais militares e não se nega a permitir uma busca dentro de seu veículo, neste trecho de dois minutos e meio. "Isso prova que meu pai não resistiu à prisão ou às buscas", afirma Iran. No outro vídeo, que o deputado informou só poder divulgar amanhã (12), a busca é feita por um sargento da PMMG dentro do carro do ex-deputado. "O policial abre uma tampa no console do carro com uma mão. Depois passa a mão por outros locais, volta para a tampa e numa segunda busca no mesmo lugar é que ele aparece com a arma", afirma Iran. Contudo, na imagem não fica nítido o momento em que a arma seria plantada.
O filho do candidato, deputado estadual Iran Barbosa (PMDB), apresentou a reportagem quatro vídeos de momentos distintos da ação policial. Num deles, o ex-deputado aparece cercado pelos policiais militares e não se nega a permitir uma busca dentro de seu veículo, neste trecho de dois minutos e meio. "Isso prova que meu pai não resistiu à prisão ou às buscas", afirma Iran. No outro vídeo, que o deputado informou só poder divulgar amanhã (12), a busca é feita por um sargento da PMMG dentro do carro do ex-deputado. "O policial abre uma tampa no console do carro com uma mão. Depois passa a mão por outros locais, volta para a tampa e numa segunda busca no mesmo lugar é que ele aparece com a arma", afirma Iran. Contudo, na imagem não fica nítido o momento em que a arma seria plantada.
Outro vídeo, que também ainda não foi liberado para publicação, o comandante da ação, um tenente da PM, usa suas mãos nuas para manusear a arma, desmonta completamente a pistola calibre 635 e pega inclusive nas munições com os dedos. "Isso é no mínimo um desleixo. O policial encobriu com suas digitais as digitais de quem usou essa arma. Não há mais como provar a quem ela pertence", disse o deputado. No último vídeo, Iran aparece denunciando a implantação da arma dentro do carro, mas nas imagens o tenente não aceita ver o vídeo filmado pelo celular do deputado. "Vou denunciar essa situação e entregar os vídeos para a corregedoria da PM. Houve dois crimes de prevaricação dos policiais, ao prender meu pai por ameaça sendo que o ameaçado sumiu e assim sendo não há parte ofendida. A outra prevaricação ocorre quando o tenente não aceita ver o vídeo com minhas denúncias de implantação da arma. Por fim, crime de fraude processual ao implantar uma prova no carro e depois encobrir as digitais originais deixando a do policial no lugar",a firma Iran Barbosa.
O coronel Roberto Lemos, comandante da região militar que responde por Ribeirão das Neves, disse estar “enojado” com a postura da família, que além de Iran Barbosa envolve também sua mãe, Gracinha Barbosa, ex-prefeita de Ribeirão das Neves. Nesta quarta-feira, a PM disse ter encontrado um soco inglês, um canivete com lâmina de cerca de 10 centímetros e uma pistola calibre 635 no veículo de Irani, que negou ser dono da arma de fogo. Ele foi preso por porte ilegal de arma e liberado após pagar fiança. A PM teria abordado o carro, que estava estacionado na porta de seu comitê, por causa da denúncia anônima que teria sido feita por um motoqueiro de que foi ameaçado com uma arma pelo ex-deputado, depois de uma discussão de trânsito.
A PM diz desconhecer o denunciante e informou ainda não saber a quem pertence a arma apreendida. De acordo com o coronel, a arma não tem registro e somente uma investigação pode desvendar sua origem. “Essa vítima, assustada com o fato, saiu do local e nós, preocupados com aquele possível meliante que estava no local e poderia cometer outros crimes, priorizamos a abordagem desse veículo e acreditamos que ele (a vítima) ali permaneceria”, disse o coronel, que pediu à suposta vítima que procure a corporação para ajudar no esclarecimento da ocorrência.
“Uma pessoa que faz uma denúncia, uma calúnia dessa natureza dá nojo, nos envergonha, não devia nunca se apresentar para a sociedade como representante do povo. Como eu já disse, ela já teve oportunidade de fazer o melhor para Ribeirão das Neves e até hoje não fez”, disse o coronel se referindo a Gracinha Barbosa, impedida de se candidatar a qualquer cargo eletivo por condenações na Justiça relativas ao período em que foi prefeita. Nas redes sociais, Gracinha acusa a PM de participar da "máfia das multas e reboques" para extorquir a população carente da cidade.
O coronel disse que a PM filmou toda a ação e cobrou da família que apresente as provas de que a arma teria sido colocada no carro pelos PMs envolvidos na operação. O deputado Iran Barbosa mantém as acusações e disse que vai divulgar os vídeos que comprovam que tudo teria sido uma armação. E informou também que vai processar os policiais.