Bandidos explodem caixas eletrônicos na cidade de Coronel Murta

Homens armados explodiram os caixas eletrônicos da agência do Banco Itaú de Coronel Murta, na madrugada desta quinta-feira.

A cidade, de 9,4 mil habitantes, fica a 690 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha.

Um dos suspeitos foi preso. Segundo a PM, ele tem extensa ficha criminal, já cumpriu pena por roubo e homicídio na Capital.

A Policia Militar faz buscas na zona rural do município na tentativa de prender o restante do bando, que, de acordo com testemunhas, era formado por pelo menos 16 integrantes.

O ataque à agência bancária aconteceu por volta das 2h30min. As fortes explosões foram ouvidas em praticamente toda cidade, assustando os moradores. Vários deles foram para a porta da agência logo após o ataque.

A entrada do prédio ficou completamente destruída.

Antes de fugirem, os bandidos fizeram disparos para o alto, para intimidar os moradores e o pequeno efetivo da Policia Militar na cidade.

Ainda não se sabe a quantia roubada. Os ladrões também levaram um caixa eletrônico onde são feitos depósitos em cheques. E deixaram folhas de talões de cheques espalhadas pelo chão.

Antes da fuga, ainda roubaram roupas de uma boutique, cuja porta de vidro foi destruída com tiros de arma de grosso calibre.

Por volta das 6 horas desta quinta-feira, a PM localizou um dos carros usados no ataque aos caixas eletrônicos, uma Fiat Strada, com placa de Contagem, que estava abandonado na estrada de uma fazenda a 15 quilômetros da sede de Coronel Murta. Dentro do carro também foram encontradas roupas roubadas na boutique.

O homem preso foi identificado como Jeremias Mendes de Oliveira, de 48 anos, suspeito de participação na ação criminosa. Ele dirigia uma caminhonete Montana, com placa de Betim.

O suspeito é natural de Tocantins e, a princípio, alegou inocência, mas as câmeras de segurança mostram a participação dele na ação em Coronel Murta.

A PM constatou que Jeremias tem uma extensa ficha criminal. Ele já cumpriu pena por roubo e homicídio em Belo Horizonte e estava sendo monitorado pela suspeita de envolvimento com quadrilhas especializadas no ataque a caixas eletrônicos.

Ao ser preso, Jeremias alegou que estava na região à procura de um coiote (pessoa que cobra para transportar e facilitar a migração ilegal para os Estados Unidos). Com ele foi apreendido um passaporte. O suspeito foi levado para Araçuaí.