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“Ele sempre tinha uma convivência com ela e ontem os dois tiveram uma discussão. Tiveram um atrito bem sério, porque, segundo ele, ela estaria fazendo macumba contra ele, que não estava conseguindo ter relacionamentos amorosos. O Miguel foi tirar satisfação sobre esse fato”, diz o militar.
A briga ocorreu na noite de ontem, mas, não satisfeito, por volta de 0h30 de hoje Miguel voltou à casa da mulher, no Bairro Nossa Senhora da Penha, e não encontrou Rosiele, que tinha ido a um forró. No local, ele achou a pequena Luana dormindo sozinha na residência e acabou cometendo o crime. Ela foi encontrada despida, com sete perfurações e com uma faca cravada na altura do ombro. Um tio da mãe da criança ouviu gritos e foi até a casa, onde viu a cena bárbara e acionou a PM.
Enquanto os militares atendiam a ocorrência, eles receberam uma informação de uma confusão em um táxi perto da rodoviária de Manhumirim. Miguel tentava fugir e foi cercado por populares, que já desconfiavam dele depois de descobrirem o crime. Um policial que estava de folga ouviu a confusão e fez a prisão do autor. Inicialmente, ele negou tudo, mas as mãos e uma jaqueta sujas de sangue indicaram o crime.
Como apenas dois militares estavam de serviço na madrugada, eles tiveram que solicitar reforço do 11º Batalhão, em Manhuaçu, já que cerca de 100 pessoas foram para a porta do quartel da PM em Manhumirim e prometeram linchar o autor. Os militares acabaram levando Miguel para a cidade vizinha, onde fica o plantão regional da Polícia Civil. A mãe de Luana foi encontrada em um forró e ficou em estado de choque, sem fornecer nenhuma informação aos militares que ajudasse a entender o histórico entre ela e o assassino.
MAIS PROTESTOS Por volta das 16h de hoje, militares voltaram a ser acionados por conta do crime. Dessa vez, cerca de 50 pessoas se posicionaram na porta do fórum de Manhumirim, imóvel que também abriga a cadeia pública da cidade, em mais uma manifestação contra a barbaridade provocada pelo homem de apenas 19 anos.
Veja as imagens cedidas pelo Portal Caparaó do momento em que o autor confessa o crime para a PM