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De acordo com o sargento Roberto Sathler, da PM de Manhumirim, Miguel é nascido em Brejo Santo, no Ceará, e, de passagem pela cidade mineira, resolveu se estabelecer por um período não determinado. Ele trabalhava com venda de redes e mantas e fez amizade com Rosiele Gonçalves de Oliveira, chegando, inclusive, a morar um tempo na casa dela, até que tivesse condições de bancar sua própria moradia. Entretanto, a PM não sabe se os dois já tiveram algum relacionamento amoroso.
Segundo o militar, Miguel contou que acabou descobrindo que Rosiele estava fazendo algum tipo de macumba para que ele não conseguisse uma namorada.
Não satisfeito, por volta da 0h30 de ontem Miguel voltou à casa da mulher e não encontrou Rosiele, que tinha ido a um forró. Ele achou a pequena Luana dormindo sozinha na residência e acabou cometendo o crime. Ela foi encontrada despida, com sete perfurações e com uma faca cravada na altura do ombro. Um tio da mãe da criança ouviu gritos e foi até a casa, onde viu a cena bárbara e acionou a PM.
“Recebemos a informação de que estaria ocorrendo uma confusão em um táxi perto da rodoviária de Manhumirim. Um militar que mora próximo do local ouviu e foi até o endereço, fazendo a prisão do autor quando ele tentava fugir da cidade”, acrescenta o sargento Roberto Sathler. O militar explicou que populares desconfiaram de Miguel ao descobrirem o crime e foram atrás dele. “Houve uma tentativa de linchamento, mas ele foi preso e trazido para o quartel”, diz o sargento. Foi necessário chamar reforços policiais em Manhuaçu, já que apenas dois militares estavam de plantão em Manhumirim e a população foi para a porta do quartel em uma nova tentativa de linchamento. Miguel foi levado para a cidade vizinha, onde a ocorrência foi encerrada.
Ontem à tarde, mais uma vez a população pressionou para ver o autor, dessa vez na porta do imóvel onde funciona o fórum e também a cadeia pública de Manhumirim. A situação motivou a transferência de Miguel, que já havia retornado para a cidade onde ocorreu o crime, dessa vez para Ponte Nova, também na Zona da Mata, com o objetivo de acalmar os ânimos dos moradores. As pessoas levaram cartazes pedindo justiça para o caso e ofenderam o autor quando ele passou em uma viatura do sistema prisional.