A mãe da jovem Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, assassinada brutalmente em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, conseguiu nesta quarta-feira a guarda provisória da neta, que hoje completa seis dias de vida. O pedido foi feito ao Ministério Público (MP) e atendido pelo juiz José Roberto Poiani, da Vara da Infância e Juventude, de Uberlândia. Quatro pessoas estão presas acusadas de planejar e matar Greiciara, que estava grávida de nove meses. De acordo com as investigações, os suspeitos abriram a barriga da garota para retirar o bebê, com ela ainda viva e acordada.
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Caso de grávida morta em Ituiutaba revela rede de mentiras e crueldadeBarbárie em Ituiutaba: grávida teve barriga cortada ainda viva, diz políciaGrávida desaparecida é encontrada morta e sem o bebê em ItuiutabaPolícia prende mais dois suspeitos na morte de grávida que teve o bebê retiradoA avó materna foi levada à Promotoria pelo Conselho Tutelar. Como a certidão de nascimento ainda não foi feita, ela nem sequer havia conseguido visitar a neta no hospital, já que não podia provar o parentesco. Havia o risco de, ao receber alta, o bebê ser levado a um abrigo.
O juiz deferiu todos os pedidos do promotor de Justiça da Infância e da Juventude, Epaminondas da Costa. Além da guarda, o MP solicitou o direito de a avó visitar a neta no hospital, a realização imediata do teste de DNA e, assim que ele for concluído, fazer o registro de nascimento. A expectativa é de que o resultado saia na semana que vem.
Segundo as investigações, Greiciara, moradora de Uberlândia, foi dopada durante uma festa e levada para as margens de uma represa, em Ituiutaba, a 140 quilômetros de casa.
Estão presos Shirley de Oliveira Benfica, de 39 anos, acusada de ser mandante e mentora intelectual do crime, Lucas Mateus da Silva, de 22, vulgo Mirele, Jonathan Martins Ribeiro de Lima, de 24, vulgo Yasmin, e a técnica em enfermagem Jacira Santos de Oliveira, de 48, que fez a cesariana brutal. Outros dois suspeitos estão foragidos. Shirley teria inventado uma falsa gravidez para não perder o namorado. Pelo crime, Jacira receberia R$ 2 mil e os outros comparsas, telefone celular e cortes de cabelo.
RB
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