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Estado de Minas

Mãe de jovem assassinada em Ituiutaba consegue guarda provisória da neta

Decisão é da Vara da Infância e Juventude, atendendo pedido do Ministério Público. Avó agora poderá visitar bebê no hospital


postado em 24/08/2016 19:29 / atualizado em 24/08/2016 21:50

A mãe da jovem Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, assassinada brutalmente em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, conseguiu nesta quarta-feira a guarda provisória da neta, que hoje completa seis dias de vida. O pedido foi feito ao Ministério Público (MP) e atendido pelo juiz José Roberto Poiani, da Vara da Infância e Juventude, de Uberlândia. Quatro pessoas estão presas acusadas de planejar e matar Greiciara, que estava grávida de nove meses. De acordo com as investigações, os suspeitos abriram a barriga da garota para retirar o bebê, com ela ainda viva e acordada.


A avó materna foi levada à Promotoria pelo Conselho Tutelar. Como a certidão de nascimento ainda não foi feita, ela nem sequer havia conseguido visitar a neta no hospital, já que não podia provar o parentesco. Havia o risco de, ao receber alta, o bebê ser levado a um abrigo.

O juiz deferiu todos os pedidos do promotor de Justiça da Infância e da Juventude, Epaminondas da Costa. Além da guarda, o MP solicitou o direito de a avó visitar a neta no hospital, a realização imediata do teste de DNA e, assim que ele for concluído, fazer o registro de nascimento. A expectativa é de que o resultado saia na semana que vem.

Segundo as investigações, Greiciara, moradora de Uberlândia, foi dopada durante uma festa e levada para as margens de uma represa, em Ituiutaba, a 140 quilômetros de casa. Ela teve a barriga aberta ainda viva e viu sua filha sendo retirada ao mesmo tempo em que gritava pela vida. Depois, foi enforcada até a morte. No lugar do bebê, os suspeitos do crime colocaram uma pedra para que o corpo não emergisse, o enrolaram numa tela de arame e jogaram na água.

Estão presos Shirley de Oliveira Benfica, de 39 anos, acusada de ser mandante e mentora intelectual do crime, Lucas Mateus da Silva, de 22, vulgo Mirele, Jonathan Martins Ribeiro de Lima, de 24, vulgo Yasmin, e a técnica em enfermagem Jacira Santos de Oliveira, de 48, que fez a cesariana brutal. Outros dois suspeitos estão foragidos. Shirley teria inventado uma falsa gravidez para não perder o namorado. Pelo crime, Jacira receberia R$ 2 mil e os outros comparsas, telefone celular e cortes de cabelo.

RB


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