Depois de sucessivos atrasos causados por questionamentos na Justiça, o terreno da nova rodoviária de Belo Horizonte, no Bairro São Gabriel, Região Nordeste de Belo Horizonte, começa a dar indícios de que ali será erguido um terminal de passageiros para até 80 mil pessoas por dia. Porém, os usuários que precisam da atual rodoviária, no Centro da capital, ainda terão que esperar por pelo menos mais um ano de obras para usufruir de um espaço com mais conforto, já que esse é o prazo final estipulado em contrato. Os três lotes que serão unidos com a remoção de uma parte da Rua Jacuí já estão com movimento grande de máquinas, que retiram a terra para nivelar a área e iniciar a construção da estrutura. Ontem, o prefeito Marcio Lacerda visitou o canteiro de obras e acompanhou a explicação dos engenheiros sobre os detalhes da construção. Ele ressaltou que a prefeitura enfrentou muitas dificuldades com a desapropriação de 287 construções no local, por conta dos processos movidos pelos donos dos imóveis na Justiça, mas destacou que está confiante na conclusão da obra no segundo semestre de 2017, conforme prevê o documento assinado com o consórcio responsável.
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Segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, a configuração das plataformas é um diferencial em relação ao atual terminal rodoviário, porque vai permitir a flexibilização das áreas conforme a demanda. “Nós teremos condição de aumentar no embarque no momento das saídas de Belo Horizonte e aumentar no desembarque na hora da chegada. Hoje, isso não é possível no Centro”, afirma.
O diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, disse que a previsão de início do funcionamento do terminal leva em consideração a atual configuração do Anel Rodoviário, que ainda não tem perspectiva de uma revitalização esperada há anos em BH. Segundo a BHTrans, a área da construção da nova rodoviária foi entregue ao consórcio em 29 de janeiro.