O Mapa da Violência, que tem como foco o tema letalidade das armas de fogo, comprova o que já dizia a primeira pesquisa da série, divulgada em 1998: a principal vítima de homicídio no Brasil é a juventude. Revela também aumento das vítimas negras. Se no ano de 2003 foram cometidos 13.224 homicídios por armas de fogo contra a população branca, em 2014 esse número fica em 9.766, o que representa queda de 26,1%.
Em contrapartida, o número de vítimas negras sobe de 20.291 para 29.813, aumento de 46%. A proporção de homicídios de negros para brancos aumentou de 1,7 para 2,6. Em Minas, as vítimas negras passaram de 1.921, em 2003, para 2.471, em 2014.
O levantamento revela ainda que 94,4% das vítimas das armas de fogo são do sexo masculino. Jovens com idades entre 15 e 29 anos lideram entre os mortos. Se em 1980 foram assassinados 3.159 jovens nessa faixa etária, em 2014 o número pulou para 25.255, crescimento de 699,5%.
Ainda de acordo com o levantamento, enquanto nas cidades do interior as taxas desses crimes dão sinais de crescimento, nas capitais a tendência é de que se estabilizem ou até caiam levemente. Em 2004, a capital mineira ocupava o terceiro lugar em taxas de homicídios por armas de fogo. Em 2014, caiu para a 17ª posição.
Em 2004, as três capitais com as maiores taxas foram, pela ordem, Recife, Vitória e Belo Horizonte. Já em 2014, as seis capitais com as maiores taxas são: Fortaleza, Maceió, São Luiz, João Pessoa, Natal e Aracaju, todas na Região Nordeste do país, que concentra 42% dos homicídios por armas de fogo, sendo a região mais violenta em números absolutos.
O crescimento médio no Nordeste no período foi de 89,2%. Em números absolutos, a Região Sudeste está em segundo lugar, com 27% das mortes por armas de fogo.
Segundo o estudo, não há informações sobre a quantidade de armas de fogo em circulação no Brasil. Há uma estimativa que em 2014 o país contava com um vasto arsenal de armas de fogo em mãos da população. De um total de 15,2 milhões de armas de fogo em mãos privadas, 6,8 milhões eram registradas e 8,5 milhões não. Desse total de armas ilegais, 3,8 milhões estavam nas mãos de criminosos.
De acordo com o Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, entre 1980 e 2014 morreram no país 967.851 brasileiros vítimas de disparo de arma de fogo. Nesse período, as vítimas passam de 8.710, no ano de 1980, para 44.861, em 2014, aumento de 415%.
“A população cresceu nesse período, em torno de 65%, mas, mesmo assim, o saldo líquido do crescimento da mortalidade por armas de fogo ainda impressiona pela magnitude”, conclui a pesquisa.
Na Região Sudeste, analisando os números absolutos por estado, o Espírito Santo registrou o maior aumento em 2004 e 2014, de 8,8%. Minas está em segundo lugar em aumento, de 2,5%, embora tenha havido uma redução de 2013 para 2014 de 3,4%.
Em contrapartida, o número de vítimas negras sobe de 20.291 para 29.813, aumento de 46%. A proporção de homicídios de negros para brancos aumentou de 1,7 para 2,6. Em Minas, as vítimas negras passaram de 1.921, em 2003, para 2.471, em 2014.
O levantamento revela ainda que 94,4% das vítimas das armas de fogo são do sexo masculino. Jovens com idades entre 15 e 29 anos lideram entre os mortos. Se em 1980 foram assassinados 3.159 jovens nessa faixa etária, em 2014 o número pulou para 25.255, crescimento de 699,5%.
Ainda de acordo com o levantamento, enquanto nas cidades do interior as taxas desses crimes dão sinais de crescimento, nas capitais a tendência é de que se estabilizem ou até caiam levemente. Em 2004, a capital mineira ocupava o terceiro lugar em taxas de homicídios por armas de fogo. Em 2014, caiu para a 17ª posição.
Em 2004, as três capitais com as maiores taxas foram, pela ordem, Recife, Vitória e Belo Horizonte. Já em 2014, as seis capitais com as maiores taxas são: Fortaleza, Maceió, São Luiz, João Pessoa, Natal e Aracaju, todas na Região Nordeste do país, que concentra 42% dos homicídios por armas de fogo, sendo a região mais violenta em números absolutos.
O crescimento médio no Nordeste no período foi de 89,2%. Em números absolutos, a Região Sudeste está em segundo lugar, com 27% das mortes por armas de fogo.
Segundo o estudo, não há informações sobre a quantidade de armas de fogo em circulação no Brasil. Há uma estimativa que em 2014 o país contava com um vasto arsenal de armas de fogo em mãos da população. De um total de 15,2 milhões de armas de fogo em mãos privadas, 6,8 milhões eram registradas e 8,5 milhões não. Desse total de armas ilegais, 3,8 milhões estavam nas mãos de criminosos.
De acordo com o Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, entre 1980 e 2014 morreram no país 967.851 brasileiros vítimas de disparo de arma de fogo. Nesse período, as vítimas passam de 8.710, no ano de 1980, para 44.861, em 2014, aumento de 415%.
“A população cresceu nesse período, em torno de 65%, mas, mesmo assim, o saldo líquido do crescimento da mortalidade por armas de fogo ainda impressiona pela magnitude”, conclui a pesquisa.
Na Região Sudeste, analisando os números absolutos por estado, o Espírito Santo registrou o maior aumento em 2004 e 2014, de 8,8%. Minas está em segundo lugar em aumento, de 2,5%, embora tenha havido uma redução de 2013 para 2014 de 3,4%.