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Estado de Minas

Detentos aprendem a lapidar pedras semipreciosas em Governador Valadares

O curso de lapidação está qualificando profissionalmente os presos, o que pode significar uma nova oportunidade na vida deles depois de cumprir a pena


postado em 29/08/2016 12:09 / atualizado em 29/08/2016 12:10

(foto: Divulgação/Seds)
(foto: Divulgação/Seds)

Quinze detentos participam de curso profissionalizante que ensina a lapidar pedras semipreciosas.

O curso está sendo dado na Penitenciária Francisco Floriano de Paula, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

As pedras são da Mina do Cruzeiro no município, maior local de extração de turmalina do mundo.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), durante o curso, os detentos aprendem técnicas de lapidação e criação de peças artesanais graças ao ‘Lapidar-se’.

O Lapidar-se é um projeto inédito no sistema prisional, fruto de parceria entre o Governo de Minas, o Judiciário, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a empresa Nevestones.

Além de turmalinas, os presos estão tendo a oportunidade de lapidar pedras brutas de baixo valor comercial.  
Segundo a Seds, essa é a primeira turma do curso que acontece durante a semana na penitenciária.

As peças produzidas ficarão à venda em uma exposição e o valor arrecadado será destinado às famílias dos presos(foto: Divulgação/Seds)
As peças produzidas ficarão à venda em uma exposição e o valor arrecadado será destinado às famílias dos presos (foto: Divulgação/Seds)

A artista plástica Maria Lúcia Barbosa, responsável pelas aulas, diz que está entusiasmada em ensinar um ofício tão delicado a pessoas privadas de liberdade e ainda ajudar a transformar a vida dos detentos.

Além disso, a artista acredita que o projeto é uma ideia de lapidar pessoas excluídas do livre convívio social por terem cometido crimes, proporcionando a elas qualificação profissional e um novo sentido para a vida.

O aluno Vanderley Paulino, de 42 anos, preso há cinco anos e meio, é um dos alunos do curso de lapidação. Segundo ele o desejo é disseminar os conhecimentos de lapidação na comunidade de sua origem, a reserva indígena Krenac, no município de Resplendor.

Gilmar Lage Xavier, preso desde os 19 anos de idade, agora aos 45, vê nas pedras a chance de se profissionalizar, já que não teve a oportunidade e recomeçar uma nova vida.


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