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Os primeiros erros começaram a surgir em 2009, um ano após o início da construção de Fundão. Na época, foram constatados defeitos de construção no dreno de fundo, que resultaram em revisão do projeto inicial para reparo, em 2010. O novo projeto previa a construção de um tapete drenante destinado a controlar a saturação do reservatório.
Ainda assim, em 2011 e 2012, enquanto o novo projeto estava sendo construído, houve um segundo incidente com a lama, com água chegando a apenas 60 metros da crista da barragem e não a 200 metros, como estava previsto com a criação da “praia de areia”. Com isso, a lama novamente se depositou em áreas indevidas. No final de 2012, mais problemas durante o processo de alteamento da barragem.
Mesmo assim, as obras para alteamento continuaram e, em 2013, novas intervenções precisaram ser feitas para reparo de trincas na ombreira esquerda. No ano seguinte, o tapete drenante construído ao longo de 2011 e 2012 chegou à sua capacidade máxima e as lamas por baixo do maciço aceleraram o processo de liquefação da massas de areia depositadas acima desse material.
Os representantes das três empresas estiveram presentes durante a apresentação do resultado do inquérito, mas não deram entrevista à imprensa. Diretor-presidente da Samarco, Roberto Carvalho se limitou a dizer que lamentava os danos causados ao meio ambiente e às vítimas e a comentar o trabalho. “Estamos empenhados em analisar os resultados e compartilhar com outras empresas para que tragédias dessa natureza possam ser evitadas em todo o mundo”.
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