O motorista parceiro da Uber Rodrigo Henrique Fraga Mantovani, de 24 anos, agredido com uma facada na noite desta segunda-feira, vai voltar ao trabalho assim que possível. O jovem acordou hoje no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII mais tranquilo, já que, além do ferimento no braço, achou que tivesse sido golpeado na barriga, o que não ocorreu.
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Motoristas do Uber vão para porta de delegacia esperar taxistas suspeitos de agressãoMotorista do Uber é esfaqueado em briga com taxista na Cristiano MachadoCasos de violência entre taxistas e Uber podem parar no banco dos réusDepois de agressão, taxistas e motoristas do Uber tiveram dia de protestosUber: Justiça acata denúncia contra taxistas de BH por tentativa de homicídio Motoristas do Uber fazem carreata para pedir mais segurança em BH“Na hora, fiquei meio aterrorizado, mas não posso deixar de trabalhar. Tenho uma filha para sustentar e a Uber tem me atendido muito bem. Vou arrumar o carro e voltar ao trabalho. Os taxistas precisam entender que a Uber é a chance que eles têm de parar de pagar diárias altas para dirigir os táxis”, afirma.
O pai de Rodrigo, Marcus Vinícius Mantovani, de 44 anos, é servidor da Guarda Civil de Nova Lima, e passou a manhã com o filho no hospital. Ele ficou com o carro do jovem, que foi danificado pels taxistas.
"Ele tem que voltar a trabalhar, não tem jeito. A minha orientação é evitar qualquer tipo de conflito e discussão. Não podemos generalizar, pois muitos taxistas trabalham da forma correta. Mas quem fez isso com ele é bandido e tem que ser tratado dessa forma", afirma Marcus.
O CASO Segundo Rodrigo, quando ele chegava com duas passageiras ao Minas Shopping, seis taxistas estavam na marginal da Avenida Cristiano Machado à espera de passageiros.
Ele conta que nesse momento ligou para a Polícia Militar e também informou o problema em um grupo de emergências compartilhado por motoristas parceiros do aplicativo. Da Polícia Militar, Rodrigo diz que ouviu a orientação para procurar o posto da corporação no Minas Shopping para que as providências fossem tomadas.
Quando voltou ao shopping, encontrou quatro parceiros da Uber que tinham ido ao local para ajudá-lo, mas também viu os taxistas novamente. “Nós falamos que eles tinham que parar as agressões. Um colega foi agredido e quando tentei intervir, um taxista me segurou e outro me acertou com a faca. Encontrei um segurança do shopping, mas os taxistas fugiram”, disse Rodrigo.
ALTA Uma ambulância do centro de compras levou o condutor do aplicativo até o HPS João XXIII, mas Rodrigo não consegue se lembrar dos detalhes porque chegou a desmaiar: "Quando acordei, já estava sendo medicado no hospital".
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