Depois de receber a notícia de que o corpo de sua filha Thayane Milla Mendes Dias, de 21 anos, pode ser um dos três encontrados na sexta-feira na fossa de um hotel para cães e gatos em Vila Cascais, distrito de Lisboa, em Portugal, o caminhoneiro Galvany Palmela Galvão, de 52, veio a BH para trazer provas que possam contribuir com a apuração policial. O que se busca agora pelas polícias Federal, no Brasil, e pela Judiciária, na Europa, é confirmar, por meio de autópsia, a identidade de Thayane e também das duas amigas dela, as irmãs Michele Santana Ferreira, de 28, e Lidiane Neves Santana, de 16.
Leia Mais
PF colabora com Portugal na identificação de corpos de brasileirasPF procura suspeito de matar mineiras em Portugal; família se mobiliza para trazer os corposPF fecha cerco a acusado de matar três brasileiras em PortugalFamília faz campanha para traslado de brasileiras assassinadas em Portugal Homofobia pode ter motivado assassinato de brasileiras em Portugal Namorado ameaçou jovem mineira morta em Portugal, diz mãe de vítimaTrês brasileiras desaparecidas em Portugal são encontradas mortas dentro de barrilPolícia Federal indicia suspeito de matar mineiras em Portugal Suspeito da morte de mineiras em Portugal trabalhava em obra em BH Preso suspeito de matar jovens mineiras em PortugalPais de mineiras mortas em Portugal vivem drama aguardando prisão de suspeitoDono de bar é executado com oito tiros em VespasianoCandidata procurada pela polícia se entrega em Alvorada de MinasÀ reportagem do Estado de Minas, Galvany reclamou da demora para localização das jovens (cerca de 200 dias) e cobrou das autoridades celeridade no trabalho para que os corpos sejam logo identificados e trazidos para enterro em Minas. “Já vivemos uma angústia enorme, à espera de notícias sobre o paradeiro de minha filha e das amigas dela. Agora que localizaram os corpos, a gente espera pelo menos fazer o enterro e ver o assassino ser punido. Isso não traz alívio, porque a vida delas não volta mais. Mas pelo menos será feita a justiça”, disse o pai.
Ontem ele esteve também na sede do Ministério Público Federal (MPF) para solicitar que o órgão entre no caso. “Vou pedir apoio a todas as autoridades.
As duas irmãs são naturais de Campanário, no Vale do Mucuri, enquanto Thayane é de Ataléia, na mesma região. Ela chegou a morar com o pai em Nova Venécia, no Espírito Santo, mas antes de ir para Portugal estava na cidade natal, na casa da avó.
SUSPEITO Para os familiares de Thayane e também das amigas dela, o ex-companheiro de Michele é o principal suspeito de ter cometido o triplo homicídio. “Minha filha estava grávida de três meses. Quer dizer: ele matou a milha filha, o próprio filho e as outras duas”, disse a mãe das duas meninas de Campanário, a auxiliar de serviços gerais Solange Santana Leite, de 50, referindo-se ao ex-companheiro de Michele, também brasileiro, que trabalhava no local onde os corpos foram localizados.
Segundo a mulher, ele teria fugido para o Brasil logo depois do sumiço das vítimas. Solange conta que estava numa rede social e uma amiga de Portugal mandou três fotos das vítimas. “Eu quis saber o motivo das fotos e ela pediu meu contato telefônico, porque ia me ligar na hora.