O aumento do prazo para limpeza pode trazer impactos negativos para a saúde pública, especialmente pela proximidade do início do período chuvoso, em setembro. É o que alerta o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Carlos Starling, que lembra o risco do acúmulo de lixo em via pública e em bueiros. Segundo ele, pode haver aumento de doenças como leptospirose, hepatite A e diarreias, em razão de alagamentos. “A queda na varrição tem, consequentemente, reflexos negativos para a prevenção de doenças, porque entope a rede de esgoto e gera água parada”, disse.
Bocas de lobo
De acordo com a SLU, a frequência de limpeza é determinada pelo uso da via. “Naquelas onde há mais comércio e maior fluxo de pedestres não houve alteração. Nas de menor circulação de pessoas, com características residenciais, houve redução temporária de até 30% no serviço de varrição”, informou a Superintendência, por meio de nota.
Sobre o risco de doenças com a diminuição da frequência de varrição, a Superintendência informou que suas equipes monitoram todas as regiões da cidade, como acontece todos os anos, realizando também os demais serviços de limpeza urbana, imprescindíveis para o combate aos vetores, por meio da remoção de deposições clandestinas e da limpeza de bocas de lobo. A SLU não informou ontem qual foi o valor da economia feita com a redução da varrição em parte da cidade e garantiu que a intervenção vai durar até o fim do mês.