Minas Gerais se aproxima de bater a estatística negativa do maior número de mortes por síndrome respiratória aguda grave (Srag) em decorrência do vírus influenza desde 2009. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quinta-feira mostram que 206 pessoas já perderam a vida neste ano, contra 214 do período anterior.
Do total de mortes deste ano, a maioria foi causada por influenza A (H1N1):145, o que corresponde a 70,3%. Outros 55 foram por Influenza A não subtipado, três por influenza B, sendo um morador do estado de São Paulo, e três que não foram classificados. Nesses casos, segundo a SES, não foi possível realizar o exame laboratorial, mas os pacientes tinham vínculo com pessoas que tiveram influenza.
Os dados das mortes mostram um aumento em relação aos últimos anos. Para se ter uma ideia, no ano passado foram registrados 89 casos de Srag por influenza, sendo que 15 pacientes morreram. Em 2014, foram 152 casos com 36 mortes. Em 2013, o estado também registrou alta de pessoas com gripe. Foram 661 notificações, com 148 óbitos. O ano mais fatal da gripe foi em 2009, quando 1.270 pessoas foram afetados por vírus e 214 morreram.
Entre as principais medidas para evitar a gripe está lavar as mãos com frequência, utilizar álcool em gel, cobrir a boca com o antebraço ou lenço de papel quando for tossir ou espirrar (evitando usar as mãos), evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes bem ventilados.
Segundo a secretaria, os casos de gripe são comuns durante todo o ano, mas ficam mais frequentes no outono e no inverno, quando as temperaturas diminuem, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. O normal é que a maioria dos casos de gripe se resolva espontaneamente, sem a necessidade de intervenções hospitalares. Porém, grupos de risco, como crianças e idosos, estão mais suscetíveis a complicações e, por isso, a notificação dos diagnósticos de síndrome respiratória aguda grave é compulsória em Minas.