Se um dia a matemática já foi um bicho de sete cabeças, a realidade hoje parece ser outra. Os alunos das escolas públicas de Minas Gerais parecem ter a armadilha certa contra esse monstro. Em sua 12ª edição, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) tem grande participação dos alunos das instituições de Minas Gerais, que alcançam bons resultados nas provas em todas as edições. Só na de 2015, foram 156 mineiros medalhistas de ouro e 63 escolas premiadas no estado. A segunda fase da olimpíada acontece no dia 10. E a batalha já começou.
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Detento em Formiga ganha bronze em olimpíada de matemáticaAdolescente que luta contra leucemia se prepara para olimpíada de matemáticaMineiro de 17 anos se prepara para participar de olimpíada de matemática na TailândiaMineiro acusado de estupro é condenado a 14 anos de prisão na IrlandaO professor reforça ainda que a Obmep tem ajudado a despertar o interesse dos jovens em relação à matemática.
Para Emilly Diniz, aluna do 1º ano do Ensino Médio, a disciplina não é um monstro tão assustador. “A matemática é difícil, mas, para mim, não tem sete cabeças não. Tem, no máximo, quatro cabeças e meia”, brinca a jovem.
A Supervisora do Ensino Médio do Instituto de Educação de Minas Gerais, Maria Cristina Deoud, acredita que a disciplina tenha deixado de ser um “bicho de sete cabeças” devido ao envolvimento que os jovens têm com as tecnologias nos dias de hoje. De acordo com ela, a necessidade de saber lidar com esses dispositivos é um fator essencial para estimular a aprendizagem em matemática.
As provas são realizadas pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e têm como objetivo estimular o interesse dos jovens pela matéria, assim como revelar talentos na área. Além de medalhas, os melhores colocados na competição são incluídos no Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC), que conta com uma rede nacional de professores reunidos em um polo digital. É dada também a eles a oportunidade de receber bolsa de um ano do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para estudar matemática.
Joseph Karam, aluno do 1º ano do Ensino Médio e refugiado sírio no Brasil, conta que o ensino da matemática também é muito valorizado em seu país.