Com 65% dos votos válidos, famílias de Paracatu de Baixo, subdistrito de Mariana destruído com o rompimento da Barragem de Fundão, em 5 de novembro do ano passado, escolheram uma área denominada Lucila para reconstrução das suas casas. Representantes de 103 famílias, de um total de 108, começaram a votação na manhã deste sábado e o resultado saiu no início da noite.
Os critérios para a votação foram definidos em conjunto com os moradores do distrito e representantes do Ministério Público. A área possui 84,8 hectares e está localizada no distrito de Monsenhor Horta, em Mariana.
“Os resultados da eleição foram auditados pela Ernst & Young. O Ministério Público Estadual acompanhou todo o processo de votação, que foi conduzido pela própria comunidade”, informou a Samarco.
Assim como realizado em Bento Rodrigues e Gesteira, os moradores de Paracatu de Baixo visitaram os terrenos e receberam cartilhas com informações sobre qualidade do solo, água, geologia, vegetação e outras características. “Com a escolha do terreno, a Samarco iniciará a discussão sobre o projeto arquitetônico e urbanístico, além dos padrões construtivos das moradias”, informou a mineradora.
Segundo a Samarco, o próximo passo agora será conversar com cada família para definir detalhes como local, estrutura e padrões de acabamento de cada residência. “Uma vez fechados os acordos individuais, a expectativa é que os projetos de engenharia fiquem prontos até o fim do ano. A Samarco realizará a entrega do local, conforme definido em Acordo com os governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo, até 2019”, informou a mineradora.
As urnas para votação foram abertas pontualmente, às 8 horas, e o processo acontece terminou às 17h, no Centro de Convenções de Mariana. Para não haver segundo turno, um dos três terrenos identificados para a reconstrução deveria receber pelo menos 60% dos votos.
As três áreas identificadas para a reconstrução, denominadas de Joel, Toninho e Lucila, estão próximas ao antigo subdistrito, que é um dos sete critérios estabelecidos pela comunidade. Os outros seis são: abastecimento de água, disponibilidade de energia, facilidade de acessos, manutenção da vizinhança de Paracatu, relevo-topografia adequado e acesso a transporte público.