Se antes foram 200 dias de ansiedade pela falta de informações sobre o paradeiro de suas filhas desaparecidas em Portugal, agora os pais de Thayane Milla Mendes Dias, de 21 anos, de Ataléia, no Vale do Mucuri, e das irmãs Michele Santana Ferreira, de 28, e Lidiane Neves Santana, de 16, de Campanário, na mesma região, vivem o drama pela demora da identificação oficial dos corpos e da prisão do suspeito do bárbaro crime. “Tenho poupado meus pais de falar sobre o assunto, pois a cada nova entrevista só aumenta a dor”, diz o aplicador de adesivos Vinícius Santos Ferreira, de 31, irmão de Michele e Lidiane.
O drama das famílias começou em 2 de fevereiro, quando as jovens deixaram de fazer contato. O namorado de Michele, o auxiliar de serviços gerais Dinai Alves Gomes, retornou ao Brasil e contou que as três viajaram para Londres, na Inglaterra, e que deixaram de fazer contato para não chamar atenção da patroa de uma delas. Com o passar do tempo, o sumiço levantou suspeitas e só foi esclarecido em 26 de agosto, quando policiais de Portugal encontraram os corpos que seriam das meninas em um barril nos fundos de uma loja em que Dinai trabalhava, em Vila Cascais, distrito de Lisboa.
O auxiliar de serviço está desaparecido desde então. A motivação o crime pode estar no fato de Dinai não aceitar a gravidez de Michele e o relacionamento homoafetivo de sua cunhada Lidiane com Thayane.