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Celebração marca nova etapa de construção da Catedral Cristo ReiArquidiocese de BH cita Pokémon Go para divulgar Catedral Cristo ReiMinascentro passa por reforma e grupo protesta em BH“Oramos pela humanidade, pelas nações e pelos que mais necessitam”, explicou o frei Benedetto do Glorificado Coração, monge consagrado da ordem Graça e Misericórdia e porta-voz da Associação Maria, com sede em Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas.
“Não temos vínculos com doutrinas e religiões, queremos acolher todos. Oração é uma forma de transformação, de mudanças. Aqui temos kardecistas, católicos, evangélicos, budistas e outros para viver uma experiência espiritual”, afirma.
A capital recebe, em dois dias e com transmissão via internet para mais de 30 países, o movimento internacional e ecumênico que já passou pela Colômbia, Venezuela, Sul do país, Uruguai, Argentina, Portugal e Espanha.
A primeira edição, em agosto de 2013, ocorreu no Centro Mariano de Aurora, em Paysandu, no Uruguai, durante o Encontro Anual de Oração, sendo todos os eventos conduzidos por monges da ordem da Graça Misericórdia, “instituição autônoma, de caráter religioso, filosófico e de vida consagrada”.
Com o hábito da ordem, sem vínculo com a Igreja Católica, e segurando um orândio, tipo de rosário com as contas de contemplação, o frei Benedetto participou com os demais religiosos e leigos de cânticos e orações, sendo a principal o Terço da Misericórdia, falado em português e com tradução em espanhol, inglês e polonês.
Esse último idioma tem uma explicação, já que o Terço da Divina Misericórdia foi difundido por Santa Faustina (1905-1938), freira nascida na Polônia e conhecida por ser mística.
SEM TÉDIO O monge explicou que, durante o encontro, os participantes fazem a Oração da Divina Misericórdia 3 mil vezes, marcadas pelas contas do orândio.
Para quem se surpreende com o número de vezes, ele tranquiliza dizendo que a oração não precisa ser monótona ou tediosa e que é entrecortada pelos cânticos, às vezes num tom de voz mais alto, outras mais baixo.
“Oração é um mantra e as pessoas, à medida que vão orando, não têm como resultado o cansaço, mas uma grande alegria”, destaca. Ele lembra que o melhor, além de orar, é servir a Deus. “Este encontro é só o começo. As pessoas vão ver que a misericórdia divina só existe para apagar a miséria”, disse o frei.
Mineira residente em Florianópolis (SC), a estudante de artes Mariana Machado Duarte, de 25 anos, integra do Grupo da Campanha dos jovens pela paz e vê tal iniciativa como uma oportunidade para que todos estejam juntos praticando a espiritualidade. “É um caminho para que os jovens se sintam à vontade.
Declarando-se ecumênica e certa de que “Deus é um só e todas as religiões falam de um só Deus”, a estudante de medicina Clara Uhrmed, de 32, contou que aprendeu a rezar com a mãe, católica, e manteve o costume desde criança. “Nos momentos mais difíceis, eu rezo. No domingo, roubaram o carro de um amigo e, mesmo antes de irmos à polícia, comecei a rezar. Sabe que o veículo apareceu cinco minutos depois?”, relatou a estudante.
Atuando como voluntário, o engenheiro agrônomo colombiano Maurício Agredo, morador de BH há uma década, ressaltou que a oração é como um oásis nesse mundo de lutas diárias. “Para conquistar a paz e encontrar respostas, é preciso fazer um exame de consciência e se perguntar: o que estou fazendo aqui?; o que faço é o que quero?”, orientou..