Corrente de orações pela paz, unida no ecumenismo e divulgada mundo afora. Cerca de 400 pessoas participaram, ontem, em Belo Horizonte, da 38ª Maratona da Divina Misericórdia, iniciativa da Campanha pela Paz, movimento internacional que trabalha pela construção de uma cultura fraterna, segundos os organizadores.
O encontro, com a presença de brasileiros e estrangeiros de todas as idades, termina hoje e terá atividades no Minascentro, no Barro Preto, na Região Centro-Sul, das 8h às 13h30 e das 15h às 19h30, com entrada franca.
“Oramos pela humanidade, pelas nações e pelos que mais necessitam”, explicou o frei Benedetto do Glorificado Coração, monge consagrado da ordem Graça e Misericórdia e porta-voz da Associação Maria, com sede em Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas.
“Não temos vínculos com doutrinas e religiões, queremos acolher todos. Oração é uma forma de transformação, de mudanças. Aqui temos kardecistas, católicos, evangélicos, budistas e outros para viver uma experiência espiritual”, afirma.
A capital recebe, em dois dias e com transmissão via internet para mais de 30 países, o movimento internacional e ecumênico que já passou pela Colômbia, Venezuela, Sul do país, Uruguai, Argentina, Portugal e Espanha.
A primeira edição, em agosto de 2013, ocorreu no Centro Mariano de Aurora, em Paysandu, no Uruguai, durante o Encontro Anual de Oração, sendo todos os eventos conduzidos por monges da ordem da Graça Misericórdia, “instituição autônoma, de caráter religioso, filosófico e de vida consagrada”.
Com o hábito da ordem, sem vínculo com a Igreja Católica, e segurando um orândio, tipo de rosário com as contas de contemplação, o frei Benedetto participou com os demais religiosos e leigos de cânticos e orações, sendo a principal o Terço da Misericórdia, falado em português e com tradução em espanhol, inglês e polonês.
Esse último idioma tem uma explicação, já que o Terço da Divina Misericórdia foi difundido por Santa Faustina (1905-1938), freira nascida na Polônia e conhecida por ser mística.
SEM TÉDIO O monge explicou que, durante o encontro, os participantes fazem a Oração da Divina Misericórdia 3 mil vezes, marcadas pelas contas do orândio. Eis um trecho: “Eterno Pai, eu vos ofereço o corpo e o sangue, a alma e a divindade de vosso diletíssimo filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação de nossas faltas e das do mundo inteiro”.
Para quem se surpreende com o número de vezes, ele tranquiliza dizendo que a oração não precisa ser monótona ou tediosa e que é entrecortada pelos cânticos, às vezes num tom de voz mais alto, outras mais baixo.
“Oração é um mantra e as pessoas, à medida que vão orando, não têm como resultado o cansaço, mas uma grande alegria”, destaca. Ele lembra que o melhor, além de orar, é servir a Deus. “Este encontro é só o começo. As pessoas vão ver que a misericórdia divina só existe para apagar a miséria”, disse o frei.
Mineira residente em Florianópolis (SC), a estudante de artes Mariana Machado Duarte, de 25 anos, integra do Grupo da Campanha dos jovens pela paz e vê tal iniciativa como uma oportunidade para que todos estejam juntos praticando a espiritualidade. “É um caminho para que os jovens se sintam à vontade. O mundo precisa de amor e paz: boas ações, oração pela vida e um mundo sem guerra”.
Declarando-se ecumênica e certa de que “Deus é um só e todas as religiões falam de um só Deus”, a estudante de medicina Clara Uhrmed, de 32, contou que aprendeu a rezar com a mãe, católica, e manteve o costume desde criança. “Nos momentos mais difíceis, eu rezo. No domingo, roubaram o carro de um amigo e, mesmo antes de irmos à polícia, comecei a rezar. Sabe que o veículo apareceu cinco minutos depois?”, relatou a estudante.
Atuando como voluntário, o engenheiro agrônomo colombiano Maurício Agredo, morador de BH há uma década, ressaltou que a oração é como um oásis nesse mundo de lutas diárias. “Para conquistar a paz e encontrar respostas, é preciso fazer um exame de consciência e se perguntar: o que estou fazendo aqui?; o que faço é o que quero?”, orientou.
O encontro, com a presença de brasileiros e estrangeiros de todas as idades, termina hoje e terá atividades no Minascentro, no Barro Preto, na Região Centro-Sul, das 8h às 13h30 e das 15h às 19h30, com entrada franca.
“Oramos pela humanidade, pelas nações e pelos que mais necessitam”, explicou o frei Benedetto do Glorificado Coração, monge consagrado da ordem Graça e Misericórdia e porta-voz da Associação Maria, com sede em Carmo da Cachoeira, no Sul de Minas.
“Não temos vínculos com doutrinas e religiões, queremos acolher todos. Oração é uma forma de transformação, de mudanças. Aqui temos kardecistas, católicos, evangélicos, budistas e outros para viver uma experiência espiritual”, afirma.
A capital recebe, em dois dias e com transmissão via internet para mais de 30 países, o movimento internacional e ecumênico que já passou pela Colômbia, Venezuela, Sul do país, Uruguai, Argentina, Portugal e Espanha.
A primeira edição, em agosto de 2013, ocorreu no Centro Mariano de Aurora, em Paysandu, no Uruguai, durante o Encontro Anual de Oração, sendo todos os eventos conduzidos por monges da ordem da Graça Misericórdia, “instituição autônoma, de caráter religioso, filosófico e de vida consagrada”.
Com o hábito da ordem, sem vínculo com a Igreja Católica, e segurando um orândio, tipo de rosário com as contas de contemplação, o frei Benedetto participou com os demais religiosos e leigos de cânticos e orações, sendo a principal o Terço da Misericórdia, falado em português e com tradução em espanhol, inglês e polonês.
Esse último idioma tem uma explicação, já que o Terço da Divina Misericórdia foi difundido por Santa Faustina (1905-1938), freira nascida na Polônia e conhecida por ser mística.
SEM TÉDIO O monge explicou que, durante o encontro, os participantes fazem a Oração da Divina Misericórdia 3 mil vezes, marcadas pelas contas do orândio. Eis um trecho: “Eterno Pai, eu vos ofereço o corpo e o sangue, a alma e a divindade de vosso diletíssimo filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação de nossas faltas e das do mundo inteiro”.
Para quem se surpreende com o número de vezes, ele tranquiliza dizendo que a oração não precisa ser monótona ou tediosa e que é entrecortada pelos cânticos, às vezes num tom de voz mais alto, outras mais baixo.
“Oração é um mantra e as pessoas, à medida que vão orando, não têm como resultado o cansaço, mas uma grande alegria”, destaca. Ele lembra que o melhor, além de orar, é servir a Deus. “Este encontro é só o começo. As pessoas vão ver que a misericórdia divina só existe para apagar a miséria”, disse o frei.
Mineira residente em Florianópolis (SC), a estudante de artes Mariana Machado Duarte, de 25 anos, integra do Grupo da Campanha dos jovens pela paz e vê tal iniciativa como uma oportunidade para que todos estejam juntos praticando a espiritualidade. “É um caminho para que os jovens se sintam à vontade. O mundo precisa de amor e paz: boas ações, oração pela vida e um mundo sem guerra”.
Declarando-se ecumênica e certa de que “Deus é um só e todas as religiões falam de um só Deus”, a estudante de medicina Clara Uhrmed, de 32, contou que aprendeu a rezar com a mãe, católica, e manteve o costume desde criança. “Nos momentos mais difíceis, eu rezo. No domingo, roubaram o carro de um amigo e, mesmo antes de irmos à polícia, comecei a rezar. Sabe que o veículo apareceu cinco minutos depois?”, relatou a estudante.
Atuando como voluntário, o engenheiro agrônomo colombiano Maurício Agredo, morador de BH há uma década, ressaltou que a oração é como um oásis nesse mundo de lutas diárias. “Para conquistar a paz e encontrar respostas, é preciso fazer um exame de consciência e se perguntar: o que estou fazendo aqui?; o que faço é o que quero?”, orientou.