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Estado de Minas

Mãe de grávida assassinada em Ituiutaba ganha guarda definitiva de neta

Resultado de DNA deu positivo para o parentesco da avó. Seis pessoas estão presas por causa do assassinato brutal da jovem de 19 anos


postado em 06/09/2016 15:35

Em meio a um crime brutal, a família da jovem Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, ganhou uma notícia boa. A mãe da garota, que estava gravida e foi assassinada em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, conseguiu a guarda definitiva da neta, que foi arrancada da barriga da mãe durante o crime. De acordo com as investigações, os suspeitos abriram a barriga da garota para retirar o bebê, com ela ainda viva e acordada.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a mãe de Greiciara teve que passar por exames de DNA para comprovar o parentesco com a criança. O resultado saiu em 26 de agosto e deu resultado positivo. Por causa disso, o juiz concedeu a guarda definitiva para a mulher. O namorado da vítima também deve passar pelo mesmo procedimento para provar a paternidade.

A avó já estava com a guarda provisória. O pedido foi feito ao Ministério Público (MP) e atendido pelo juiz José Roberto Poiani, da Vara da Infância e Juventude, de Uberlândia. O juiz deferiu todos os pedidos do promotor de Justiça da Infância e da Juventude, Epaminondas da Costa. Além da guarda, o MP solicitou o direito de a avó visitar a neta no hospital, a realização imediata do teste de DNA e, assim que ele for concluído, fazer o registro de nascimento.

Segundo as investigações, Greiciara, moradora de Uberlândia, foi dopada durante uma festa e levada para as margens de uma represa, em Ituiutaba, a 140 quilômetros de casa. Ela teve a barriga aberta ainda viva e viu sua filha sendo retirada ao mesmo tempo em que gritava pela vida. Depois, foi enforcada até a morte. No lugar do bebê, os suspeitos do crime colocaram uma pedra para que o corpo não emergisse, o enrolaram numa tela de arame e jogaram na água.

Foram presos pelo crime, Shirley de Oliveira Benfica, de 39 anos, acusada de ser mandante e mentora intelectual do crime, Lucas Mateus da Silva, de 22, vulgo Mirele, Jonathan Martins Ribeiro de Lima, de 24, vulgo Yasmin, e a técnica em enfermagem Jacira Santos de Oliveira, de 48, que fez a cesariana brutal. Outros dois homens, apontados como participantes do assassinato, foram presos dias depois. São eles, Luiz Felipe Morais, de 19, e Michel Nogueira de Oliveira, de 27. As investigações apontaram que Shirley teria inventado uma falsa gravidez para não perder o namorado. Pelo crime, Jacira receberia R$ 2 mil e os outros comparsas, telefone celular e cortes de cabelo.


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