A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu nesta segunda-feira em Belo Horizonte um homem de 30 anos suspeito de estuprar uma criança de 12 anos. Além de responder por estupro de vulnerável, o acusado foi indiciado por invasão a domicílio e posse de munição de uso restrito, uma vez que uma bala de calibre restrito foi encontrada na casa dele.
O crime ocorreu na noite do dia 2 de agosto. De acordo com o boletim de ocorrência, o homem tocou a campainha em uma casa no Bairro Parque São José, Região Oeste de Belo Horizonte, onde a criança estava sozinha. Ele teria ameaçado a vítima de morte caso não abrisse o portão. Com medo, ela obedeceu às ordens e abriu uma pequena fresta do portão. O suspeito então a teria empurrado para dentro e forçado a entrada. Em seguida, teria levado a vítima para a sala da casa e mantido com ela relação forçada.
Poucos minutos depois, a mãe e a irmã da criança chegaram em casa e o homem se escondeu em um banheiro. Ao tentar sair, a irmã conseguiu imobilizá-lo e acionou a Polícia Militar imediatamente. Detido, ele alegou que entrara na casa para olhar uma motocicleta que teria sido anunciada pela internet, porém, nunca houve nenhum anúncio do tipo.
A princípio, a criança não relatou ter sido vítima de violência sexual e o caso, na época, foi encerrado como invasão de domicílio. No dia seguinte, a criança, em conversa com o pai, revelou que teria sofrido estupro e foi imediatamente encaminhada ao Hospital da Polícia Militar. A criança foi ouvida pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e atendida no setor de Acolhimento Psicológico, onde relatou em detalhes os abusos sofridos.
Após o crime, o acusado ficou rondando a residência da vítima e, por isso, a Polícia Civil pediu sua prisão preventiva. Ao ser ouvido, negou ter mantido relação com o menor e disse ter entrado na residência com permissão da vítima, mantendo ainda a versão de que foi à casa para ver uma motocicleta que estaria à venda.
De acordo com a delegada responsável pelo inquérito, Iara França, o homem tentou ainda sustentar um álibi, afirmando que no dia do ocorrido estava na casa de um amigo até as 22h e que de lá se dirigiu até a casa da vítima. “Contudo, procuramos o álibi do suspeito, que o contradisse e afirmou que o suspeito saiu da casa do amigo às 18h e estava embriagado”, informou.
RB