A Polícia Civil de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, encerrou o inquérito da morte de Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, e do sequestro de seu bebê, que foi retirado da barriga da vítima numa cirurgia improvisada e sem anestesia antes de ela ser morta. O processo foi encaminhado à Justiça na semana passada e indiciou seis pessoas por homicídio triplamente qualificado com ocultação de cadáver, sequestro e subtração de incapaz. Se condenados, os acusados podem pegar até 40 anos de prisão.
As investigações indicaram que Shirley de Oliveira Benfica, uma cabeleireira de 30 anos, planejou o sequestro do bebê, que ocorreu em18 de agosto, pois havia mentido que estava grávida para segurar um relacionamento. Para executar o sequestro, Shirley contratou Lucas Mateus Silva, de 22, para arquitetar e auxiliar na execução dos crimes.
Lucas, com a ajuda de Jhonatan Martins Ribeiro de Lima, de 24, Luiz Felipe Morais, 19 anos, e Michel Nogueira de Oliveira, 27, atraíram a grávida, a sedaram e transportaram até a represa de Ituiutaba. Lá, a enfermeira Jacira Santos de Oliveira, de 60 anos, realizou uma cesariana improvisada para remover o bebê da barriga de Graciara, que ainda estava consciente. O bebê sobreviveu à cirurgia.
No dia seguinte, o corpo de Graciara foi encontrado e Shirley, presa, revelando onde estava mantendo o bebê. Encontrado na casa de uma amiga de Shirley, o recém-nascido foi transportado para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Lá, foi realizado um exame de DNA para comprovar se o bebê era realmente filho de Graciara.
Após os exames atestaram o parentesco, a avó materna conseguiu a guarda definitiva.
RB