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Estado de Minas

Assassino de ex-prefeito de Unaí e do filho planejou friamente o crime

Em depoimento à Polícia Civil de Tocantins, o vaqueiro José Bonfim Alves de Santana revelou que os dois foram mortos no pasto


postado em 14/09/2016 15:03 / atualizado em 14/09/2016 21:32

Mineiro, Saint'Clair Martins Souto (esq) foi prefeito de Unaí. Saint'Clair Diniz Souto (dir) deixou três filhos(foto: Arquivo pessoal)
Mineiro, Saint'Clair Martins Souto (esq) foi prefeito de Unaí. Saint'Clair Diniz Souto (dir) deixou três filhos (foto: Arquivo pessoal)

O assassino confesso do procurador aposentado do Distrito Federal Saint’Clair Martins Souto, de 78 anos – ex-prefeito de Unaí, no Noroeste de Minas –, e do filho dele, Saint’Clair Diniz Martins Souto, de 38, procurador do Rio de Janeiro, planejou o duplo homicídio. O crime aconteceu na manhã de sexta-feira. Em depoimento à Polícia Civil de Tocantins, o vaqueiro José Bonfim Alves de Santana revelou que os dois foram mortos no pasto.

Segundo o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado do Mato Grosso (GCCO), Flávio Stringueta, José Bonfim deu detalhes do duplo homicídio. Primeiro ele disparou no idoso, enquanto ele andava a cavalo. “Depois, chamou o filho, alegando que o pai havia caído e que não conseguia montar no cavalo”, ressaltou. Neste momento, Saint’Clair Diniz Souto foi assassinado.

Os corpos foram encontrados na manhã desta quarta-feira na fazenda deles, em Vila Rica. Pai e filho não estavam enterrados. Os dois advogados viajaram para o município mato-grossense exatamente a fim de tentar resolver o desvio de cabeças de gado com o funcionário da fazenda da família. Essa situação seria o motivo para o crime. A intenção da família era demitir o administrador da propriedade.

O delegado de Vila Rica, Gutemberg de Lucena, revelou que os investigadores encontraram os corpos a pequena distância um do outro, em uma região de pastagem. Uma parte dos familiares está na região para aguardar a liberação dos corpos pelo Instituto Médico-Legal (IML). A expectativa é de que sigam para Brasília ainda nesta quarta-feira ou na manhã de quinta-feira. Os parentes dependem disso para agendar o dia e o horário do velório e do sepultamento.

Após cometer os crimes, José Bonfim fugiu em direção ao estado de Tocantins, onde acabou preso por porte ilegal de arma, um revólver calibre 38. Ainda na noite de terça-feira, agentes da Polícia Civil de Mato Grosso e do Tocantins interrogaram o suspeito, que mostrou frieza ao dar detalhes, segundo a polícia.

A Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) determinou que uma comissão especial acompanhe todos os procedimentos judiciais e de apoio à família. O presidente da OAB-DF, Juliano Couto, pediu que a equipe trabalhe em conjunto com as seções de Mato Grosso e do Rio de Janeiro na apuração do caso.

 

(RG)


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