O inverno deste ano em Belo Horizonte está sendo marcado pelos extremos. No início da estação, os moradores enfrentaram frio rigoroso, com sucessivos recordes de queda nos termômetros, chegando à mínima de 8,9°C. Agora, com a transição para a primavera, os números estão altos. Ontem, a capital mineira teve o dia mais quente do ano, com 35,1°C marcados no início da tarde, superando os 33,8°C marcados anteontem. Hoje, a previsão é de chuvas isoladas na cidade, porém, o calor continua, com temperaturas entre 20°C e 31°C. A baixa umidade relativa do ar preocupa e deixa o município em estado de alerta.
Os números confirmam. No início do inverno, BH teve a menor temperatura do ano, de 8,9°C, registrada em 14 de junho. Na sequência, ao menos em três dias os termômetros ficaram abaixo de 10,4°C. Entre agosto e setembro, em ao menos quatro oportunidades os moradores enfrentaram calor acima dos 32°C.
Ontem, não foi diferente. O clima quente e seco pôde ser notado já no início do dia. Para se ter uma ideia, a temperatura mínima registrada na Região da Pampulha foi 20,4°C, a maior do inverno deste ano. Com a chegada da tarde, entre as 13h e as 14h, a situação ficou ainda pior.
Devido à passagem de uma frente fria por Minas Gerais, a previsão era de que o calor diminuísse depois de bater o recorde na quarta-feira. Mas não foi o que ocorreu. “A tendência era que a curva de temperatura declinasse com o deslocamento da frente fria, mas a massa de ar seco foi mais forte e bloqueou a atuação aqui na Região Central”, explica Ladeia.
Segundo o especialista, historicamente, setembro e outubro são os meses que registram as maiores temperaturas em Belo Horizonte. A marca de ontem na capital foi a quarta mais alta da história. Ficou atrás dos 36,9°C de 25 de setembro de 2015, 36,1°C de 24 de setembro de 2007 e 35,7°C de 10 de setembro de 1997, superando os 35°C de 4 de setembro de 1975. (JHV).