A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou nesta sexta-feira que pretende intensificar o combate ao carrapato-estrela, vetor da fabre maculosa, em todo o entorno da Pampulha e não apenas no Parque Ecológico. A informação foi repassada pelo secretário municipal de meio ambiente, Vasco Araújo, após reunião na capital com representantes da outros órgãos ambientais, como o Ibama, da saúde, Defesa Civil e Ministério Público de Minas (MPMG).

A reunião estava marcada com antecedência, mas ganhou importância depois da confirmação de que um menino de 10 anos que esteve no Parque Ecológico morreu de febre maculosa. Segundo Araújo, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) finaliza um edital para ampliar o combate ao vetor da doença em áreas além do parque. "Esse encontro é para continuar as tratativas para o combate aos carrapatos", informou o secretário.

Araújo ressaltou que as ações emergenciais serão voltadas para combater o carrapato-estrela. Outra medida cobrada, o manejo das capivaras, ainda será estudada. "Temos que retirar os carrapatos e não as capivaras", afirmou. "Estamos em discussão para montar um grupo intersetorial para discutir essa situação em um período de curto, médio e longo prazo", completou.

O superintendente do Ibama em Belo Horizonte, Marcelo Belizário, reforçou que medidas de combate ao carrapato têm que ser tomadas de imediato. "Estamos na pior época de incidência do carrapato", lembrou. "Ações para combate de vetores já podem ser tomadas de imediato, sem autorização. Já o manejo dos animais, precisa (de autorização)", acrescentou.

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) informou que não classifica a situação na Pampulha como "desastre". "Não há desastre. Milhares de pessoas frequentam o parque e apenas uma contraiu a doença", disse o coronel Alexandre Lucas, coordenador da Defesa Civil. Segundo ele, as ações realizadas no parque pela PBH já estão diminuindo a incidência dos carrapatos.

RB

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