Jornal Estado de Minas

Menina esfaqueada em escola segue internada e seu irmão recebe alta

As crianças esfaqueadas nesta sexta-feira em uma escola infantil, no Bairro Santa Mônica, Região da Pampulha, se recuperam bem dos ferimentos. A menina, de 4 anos, segue internada em observação no setor de pediatria do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, com previsão de alta na quarta-feira. Já o irmão dela, de 2, recebeu alta na noite do ataque, e está em casa.

Os dois irmãos são alunos do Centro Infantil Boomerang, que fica na Rua Ministro Oliveira Salazar. Ontem pela manhã, a mãe da proprietária, uma mulher de 55 anos, invadiu a escola, depois de um surto psicótico, e tentou agredir uma funcionária a facadas. Não conseguindo, partiu em direção às crianças.

O avô delas, o aposentado Sebastião Ferreira, de 63, conta que a menina, vendo seu irmão sendo atingido, correu para defendê-lo. Ela foi ferida do lado direito do tórax e a lâmina causou lesão em seu fígado e pulmão. Já o menino, foi ferido também do lado direito do tórax, só que a lesão de menor gravidade que a de sua irmã. “Foi um grande susto, mas pelo menos hoje estamos mais tranquilos, sabendo que eles vão ficar bem”.

A mulher acusada das agressões foi presa e levada para a Central de Flagrantes (Ceflan).
Na noite anterior ao ataque, ela tentou contra a vida de sua filha, que é a proprietária da escola. Ela foi contida pelos familiares, que a levaram para o Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam) do Bairro Santa Branca, na Pampulha.

Depois de medicada, ela foi liberada. No fim da manhã de ontem, ela  pegou as chaves da escolinha, sem que sua filha percebesse e atacou as crianças, que não têm qualquer ligação com a mulher. Há dois meses ela está em tratamento psiquiátrico em Belo Horizonte.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de BH informou que a paciente iniciou tratamento no Cersam Pampulha, mas acrescentou que não há mais hospitalização para atendimento mental, sendo feito o acompanhamento do paciente de diferentes formas, de acordo com a gravidade do caso.

Ainda, segundo a nota, no início do tratamento a mulher passou cinco dias no que o serviço chama de permanência noite e dia. Com a melhora no quadro, passou a permanecer apenas durante o dia e atualmente estava sendo atendida no ambulatório, em consultas esporádicas. .