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O medo do carrapato-estrela levou um comerciante de 46 anos à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Nordeste, no Bairro São Paulo, na tarde de ontem. No domingo, ele andou de bicicleta na orla da Pampulha. À noite, ao encontrar um carrapato, ficou preocupado com a doença. Pela manhã, ele começou uma via-sacra para identificar se o parasita é da espécie responsável por transmitir a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa.
A equipe do Estado de Minas esteve em bairros próximos à UPA Nordeste, onde o paciente de 35 anos cujo caso é investigado deu entrada com sintomas da doença. O homem relatou ter tido contato com cavalos em um bairro da vizinhança, o que preocupa moradores. É o caso do motorista Hélber Willians Damião Ferreira, de 54, que ontem avistava um animal pastando entre os bairros Maria Goretti e Goiânia. “Fico muito preocupado com esses bichos soltos”, disse, lembrando que pela área circulam cavalos usados para puxar carroças que levam entulho para um ponto de recolhimento.
Como a região fica perto do limite com Sabará, o município vizinho também ligou o alerta. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que vai reforçar as orientações aos moradores. “Estamos fortalecendo a comunicação sobre a doença, com folders educativos, reuniões com usuários das unidades básicas de saúde e capacitação de profissionais, além de agendas de atividades educativas em escolas”, diz o texto.
NO INTERIOR Em Guanhães, cidade onde um dos pacientes com suspeita da doença esteve, foi iniciada ontem uma investigação para identificar os locais por onde o homem passou. “Já contatamos as unidades de saúde, para ver se conhecem esse paciente, pois ele não mora na cidade. Somente passa alguns dias, a passeio. Queremos identificar os locais onde ele esteve, para depois listar as medidas cabíveis”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Neusa Mendes. Segundo ela, há pelo menos 10 anos o município não registra casos de febre maculosa. “Realmente estamos tendo carrapatos na cidade, mas nenhum diagnóstico da doença foi registrado”, disse.
Os exames realizados nos dois pacientes com suspeita da doença internados em BH estão sendo analisados pela Fundação Ezequiel Dias, sem previsão de resultado. A Secretaria de Saúde da capital informou em nota que faz investigação ambiental nos locais de possível transmissão. “A partir do relato dos pacientes internados, são feitas as primeiras visitas para verificar as condições ecológicas dos locais e assim identificar se a área é propícia à presença de carrapatos”, diz o texto. “Identificada essa possibilidade, a investigação ambiental evolui para levantamento (coleta) de carrapatos do local, para identificar qual a incidência desse vetor na área estudada”, completou.
Especialista dá dicas de prevenção
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estêvão Urbano, lembra que é preciso precaução com todos os animais em relação ao risco de febre maculosa, e não apenas com cavalos ou capivaras.
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