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Estado de Minas

Jovem afirmou ter dado chute em universitário em boate, diz delegado

Flávio Grossi assumiu o caso nessa segunda-feira e esclareceu que a informação está nos autos. Outras pessoas serão ouvidas


postado em 20/09/2016 12:27 / atualizado em 20/09/2016 12:41

Preso desde semana passada, Rafael Batista Bicalho, de 19 anos, admitiu à polícia ter dado um chute no estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos, na saída da casa de shows Hangar 667, na madrudada de 7 de setembro. A informação é do delegado Flávio Grossi, da 4ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro. Ele assumiu a investigação nessa segunda-feira.

“Eu li os autos. Ele (Rafael) só admitiu ter realizado uma agressão. Um chute. Ele disse que agiu sozinho”. Grossi informou que ainda não ouviu o suspeito e está analisando o que já foi apurado até o momento. “Estou me dedicando ao caso para dar uma celeridade a ele. Ainda tem que ouvir mais gente, esperar as provas técnicas para dar prosseguimento”, explica.

Rafael foi preso na última sexta-feira por violência doméstica contra uma ex-namorada. Por meio de nota naquela data, a delegada Ana Paula Balbino informou que “foi necessária a representação da prisão preventiva do investigado a fim de preservar a integridade da vítima, tendo em vista a gravidade dos fatos e últimos acontecimentos entre as partes”.

Como mostrou o Estado de Minas em 13 de setembro, informações de uma ocorrência policial indicam histórico de violência de Rafael contra sua ex-namorada. O rapaz é citado pela garota em uma queixa policial de setembro de 2015. O caso se refere a um relato de lesão corporal feito pela jovem à polícia e na ocorrência está clara a informação de antecedentes: “Houve agressões anteriores”. Assim como Henrique, a jovem é estudante de medicina e estaria com ele na casa de eventos, o que motivou o ciúme de Rafael, conforme relataram testemunhas aos policiais.

O inquérito que apura a agressão de setembro de 2015 tramita na Delegacia de Mulheres de Belo Horizonte. A Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher do Ministério Público de Minas Gerais também acompanha o caso. Medidas protetivas de urgência chegaram a ser concedidas em favor da jovem, mas como o inquérito corre em segredo de justiça, não foi possível confirmar se elas ainda estão vigentes.

Rafael e outros cinco jovens estão sendo investigados como suspeitos. Henrique Papini estava acompanhado de um colega e uma amiga quando foi agredido. Com traumatismo craniano e de face, além de outras lesões, o rapaz foi levado para o Hospital Biocor e chegou a ficar em coma. Ele teve alta após três dias, mas voltou a ser internado na quinta-feira, sendo necessário manter o tratamento por pelo menos mais 15. (Com informações de Landercy Hemerson)


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