A ação rápida do motorista da linha 68 do Move (Estação Vilarinho/Lagoinha) evitou uma tragédia ontem na Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha. O condutor Welbert da Silva conseguiu retirar rapidamente aproximadamente 100 pessoas que estavam dentro do veículo quando chamas começaram a destruir a lataria. Para evitar que o fogo atingisse a estação Cachoeirinha, deu ré e tentou controlar o incêndio usando um extintor. Porém, não conseguiu. Esse não foi o primeiro caso registrado em coletivo do BRT, o que liga o alerta das autoridades. Uma perícia será feita para determinar as causas do incidente, mas o mais provável é que tenham ocorrido problemas mecânicos no veículo.
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Perícia vai determinar causas de incêndio do ônibus do Move na Avenida Antônio CarlosÔnibus do Move pega fogo na Avenida Antônio Carlos Ônibus do Move pega fogo na Antônio CarlosÔnibus de Ribeirão das Neves circulam com duas catracas e revoltam passageirosTrês viaturas do Corpo de Bombeiros foram encaminhadas ao local e conseguiram apagar o incêndio pouco antes das 9h. Durante o combate, combustível vazou do veículo e o fogo chegou a atingir parte da estação. O coletivo foi totalmente destruído. Os militares usaram 10 mil litros de água para apagar as chamas.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), uma perícia já foi solicitada aos fabricantes Mercedes Benz e Marcopolo, para identificar as causas do incêndio. A princípio, foi descartada a hipótese de incêndio criminoso. O SetraBH ressaltou que os veículos que pertencem à frota de BH, com idade média de 4,5 anos, e do BRT Move, de 2,5 anos, passam por fiscalização constante. “Todos os ônibus urbanos têm seus componentes mecânicos, elétricos, eletrônicos e hidráulicos revisados periodicamente, seguindo rigorosamente o estabelecido pelas especificações técnicas dos fabricantes dos veículos, e passam por vistorias de rotina após o encerramento das viagens diárias”, disse, em nota.
A BHTrans afirmou que aguarda a perícia para verificar as causas do incêndio. Além disso, informou que já cobrou do Consórcio Pampulha, a concessionária da linha, as justificativas com relação às possíveis causas do incidente e aguardará o resultado da avaliação pericial.
OUTRO INCÊNDIO Essa não é a primeira vez que passageiros do Move são surpreendidos por incêndio quando o veículo estava em movimento. Em 30 de junho de 2014, um veículo da linha 61 (Venda Nova/Centro) pegou fogo na Avenida Pedro I, próximo ao Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, no Bairro Planalto, Região Norte da capital. Na época, o motorista contou que percebeu a presença de fumaça estranha e parou o ônibus. Sete passageiros desceram e embarcaram em outro coletivo da mesma linha. O motorista foi até a sanfona e observou que havia chamas na parte de baixo. As chamas se apagaram antes da chegada dos bombeiros. O veículo ficou destruído.
Uma perícia foi realizada, mas o resultado foi inconclusivo. A empresa Marcopolo, que contratou a equipe para analisar o ônibus, alegou que a destruição do coletivo, que teve perda total, tornou impossível identificar o que provocou o incêndio.
Árvore nos trilhos atrasa o metrô
Usuários do metrô de Belo Horizonte enfrentaram trens lotados e lentidão das composições ontem. Devido à queda de uma árvore sobre os trilhos entre as estações Carlos Prates e Lagoinha, na Região Noroeste, os intervalos entre as viagens chegaram a ser de 20 minutos desde as 5h15, no início da operação. A operação só voltou ao normal à tarde, quase 10 horas depois do incidente. Nesse período, trens foram acoplados para carregar maior número de passageiros por composição. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), equipes de manutenção da empresa conseguiram retirar a árvore por volta das 15h08.
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