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Estado de Minas

Incêndio na Antônio Carlos é o segundo desde início da operação do Move em BH

Chamas obrigam cerca de 100 passageiros da linha 68 a desembarcar às pressas perto da estação Cachoeirinha. Ônibus ficou totalmente destruído. Em 2014, veículo da linha 61 se incendiou na Avenida Pedro I


postado em 21/09/2016 06:00 / atualizado em 21/09/2016 07:36

Ver galeria . 27 Fotos Ônibus pegou fogo na manhã desta terça-feira na Avenida Antônio Carlos, depois do Viaduto São Francisco, no sentido CentroAna Guerra/Divulgação
Ônibus pegou fogo na manhã desta terça-feira na Avenida Antônio Carlos, depois do Viaduto São Francisco, no sentido Centro (foto: Ana Guerra/Divulgação )
A ação rápida do motorista da linha 68 do Move (Estação Vilarinho/Lagoinha) evitou uma tragédia ontem na Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha. O condutor Welbert da Silva conseguiu retirar rapidamente aproximadamente 100 pessoas que estavam dentro do veículo quando chamas começaram a destruir a lataria. Para evitar que o fogo atingisse a estação Cachoeirinha, deu ré e tentou controlar o incêndio usando um extintor. Porém, não conseguiu. Esse não foi o primeiro caso registrado em coletivo do BRT, o que liga o alerta das autoridades. Uma perícia será feita para determinar as causas do incidente, mas o mais provável é que tenham ocorrido problemas mecânicos no veículo.

Segundo testemunhas, o incêndio começou quando o veículo estava encostado na estação, às 7h55. O motorista foi alertado por passageiros sobre a presença de fumaça, constatou que algo estava errado e pediu a todos que desembarcassem. Em seguida, deu ré por alguns metros e tentou apagar as primeiras chamas com o extintor. Ele chegou a ter ajuda de um guarda municipal que estava em um dos terminais, mas o fogo se alastrou rapidamente.

Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram encaminhadas ao local e conseguiram apagar o incêndio pouco antes das 9h. Durante o combate, combustível vazou do veículo e o fogo chegou a atingir parte da estação.  O coletivo foi totalmente destruído. Os militares usaram 10 mil litros de água para apagar as chamas.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), uma perícia já foi solicitada aos fabricantes Mercedes Benz e Marcopolo, para identificar as causas do incêndio. A princípio, foi descartada a hipótese de incêndio criminoso. O SetraBH ressaltou que os veículos que pertencem à frota de BH, com idade média de 4,5 anos, e do BRT Move, de 2,5 anos, passam por fiscalização constante. “Todos os ônibus urbanos têm seus componentes mecânicos, elétricos, eletrônicos e hidráulicos revisados periodicamente, seguindo rigorosamente o estabelecido pelas especificações técnicas dos fabricantes dos veículos, e passam por vistorias de rotina após o encerramento das viagens diárias”, disse, em nota.

A BHTrans afirmou que aguarda a perícia para verificar as causas do incêndio. Além disso, informou que já cobrou do Consórcio Pampulha, a concessionária da linha, as justificativas com relação às possíveis causas do incidente e aguardará o resultado da avaliação pericial. Disse, ainda, que de janeiro a julho de 2016 foram feitas 4.476 vistorias, o que corresponde a 639 vistorias/mês.

O início do incêndio foi percebido às 7h55, quando o veículo estava na estação e as chamas se alastraram rapidamente, consumindo toda a estrutura(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
O início do incêndio foi percebido às 7h55, quando o veículo estava na estação e as chamas se alastraram rapidamente, consumindo toda a estrutura (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

OUTRO INCÊNDIO Essa não é a primeira vez que passageiros do Move são surpreendidos por incêndio quando o veículo estava em movimento. Em 30 de junho de 2014, um veículo da linha 61 (Venda Nova/Centro) pegou fogo na Avenida Pedro I, próximo ao Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, no Bairro Planalto, Região Norte da capital. Na época, o motorista contou que percebeu a presença de fumaça estranha e parou o ônibus. Sete passageiros desceram e embarcaram em outro coletivo da mesma linha. O motorista foi até a sanfona e observou que havia chamas na parte de baixo. As chamas se apagaram antes da chegada dos bombeiros. O veículo ficou destruído.

Uma perícia foi realizada, mas o resultado foi inconclusivo. A empresa Marcopolo, que contratou a equipe para analisar o ônibus, alegou que a destruição do coletivo, que teve perda total, tornou impossível identificar o que provocou o incêndio. (Com Cristiane Silva)

Árvore nos trilhos atrasa o metrô

Usuários do metrô de Belo Horizonte enfrentaram trens lotados e lentidão das composições ontem. Devido à queda de uma árvore sobre os trilhos entre as estações Carlos Prates e Lagoinha, na Região Noroeste, os intervalos entre as viagens chegaram a ser de 20 minutos desde as 5h15, no início da operação. A operação só voltou ao normal à tarde, quase 10 horas depois do incidente. Nesse período, trens foram acoplados para carregar maior número de passageiros por composição. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), equipes de manutenção da empresa conseguiram retirar a árvore por volta das 15h08.


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