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Estado de Minas

Famílias que tiveram as casas interditadas se mudam às pressas de hotel

Oito moradores que tiveram suas casas interditadas por vazamentos na rede água e estavam hospedados havia 15 dias foram remanejados pela Copasa a uma hora de a última diária vencer


postado em 21/09/2016 17:51 / atualizado em 21/09/2016 22:52

Duas famílias que tiveram as casas interditadas por vazamentos na rede de água no Bairro João Pinheiro, em Belo Horizonte, foram transferidas às pressas pela Copasa do hotel onde estavam hospedadas na manhã desta quarta feira. Segundo Amanda Penido, moradora de uma das casas, as famílias foram avisadas por um funcionário do hotel que teriam que fazer o check-out às 12h, pois a Copasa não teria renovado a estadia.

Amanda conta que recebeu uma ligação de um funcionário do hotel, na noite de terça-feira, para avisá-los do check-out. "Como não fomos informados pela Copasa que poderíamos voltar para casa, liguei para uma funcionária da empresa para esclarecer a situação. Ela nos garantiu que estava tudo certo e que a empresa havia renovado a estadia. Porém, o hotel reafirmou a solicitação não havia sido feita".

Faltando uma hora para o encerramento da diária, representante da Copasa foi ao hotel e, como ele estava lotado, os oito moradores tiveram que ser transferidos para outro estabelecimento. "É humilhante ter que ficar recorrendo à mídia para denunciar a empresa. Só quando foi ao ar o nosso problema eles tomaram uma providência. Sabiam que o prazo não ia ser cumprido e mesmo assim não disseram nada", relatou a moradora.

A previsão dada pela Copasa para a entrega das casas aos moradores foi de 15 dias, prazo que se encerrou na terça-feira. Em nota, a empresa informou que eles permanecerão no novo estabelecimento até a liberação dos imóveis pela Defesa Civil. A nova previsão é de concluir os serviços de demolição dos muros frontais e construção do ramal interno de esgoto do imóvel 311 até sábado.

"A Copasa quer que a gente se mude sábado, porém o novo muro ainda não foi construído e a fachada provisória é de tapumes. Se as pessoas invadem casas com muros, imagina uma sem? Não teremos segurança nenhuma. Eles afirmaram que só vão construir quando tiverem aprovação do projeto de construção", reclamou Amanda. Segundo a Copasa, o projeto de construção dos muros não tem previsão para ser aprovado.

Durantes as obras, apareceram novas rachaduras no imóvel e, de acordo com Amanda, a Copasa não quer demolir a nova parte danificada, e sim maquiar o problema. Sobre isso, a empresa não se pronunciou e disse que o processo de contratação dos estudos para sondagem do solo e posterior elaboração de projeto para reconstrução dos muros dos imóveis continua em andamento. Sobre a situação do hotel, a empresa informou que realocou os moradores dentro do prazo.

RB


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