O combate ao carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, começa a ser intensificado em outros pontos da Pampulha, em Belo Horizonte, a partir de hoje. Dependendo do resultado de uma ação de vigilância em busca do parasita, pode ser inclusive ampliada a área de exclusão no Parque Ecológico. Ontem, órgãos ambientais e de saúde fizeram uma reunião no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e deram mais um passo para a criação de um grupo intersetorial que vai tomar medidas contra o avanço da doença e o manejo das capivaras e de outros animais que servem como hospedeiros.
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Reunião define diretrizes para criação de grupo que vai combater o carrapato-estrela em BHFuned analisa 15 casos suspeitos de febre maculosa em todo Brasil, dois terços deles em MinasSecretaria de Saúde de Minas divulga alerta para prevenção da febre maculosaAlém da Pampulha, prevenção à febre maculosa se estende a outros locais de BH e do estadoPacientes com suspeita de febre maculosa em BH seguem sem previsão de altaBH investiga dois casos suspeitos e novo foco de febre maculosaEntorno da Lagoa da Pampulha terá buscas por carrapatos nesta sextaSecretaria de Estado de Saúde confirma mais dois casos de febre maculosa em MinasParque Ecológico da Pampulha é fechado para busca de carrapatosOs carrapatos recolhidos serão enviados para análise, para saber se são da espécie que transmite a maculosa. Os resultados serão essenciais para saber se há a necessidade de aplicação de carrapaticida, além da restrição de acesso ao público aos locais eventualmente infestados.
O encontro de ontem foi o segundo intersetorial para discutir a situação da febre maculosa em Belo Horizonte. A discussão voltou à tona depois da confirmação de que um menino de 10 anos morreu com a doença depois de visitar o Parque Ecológico. Outros dois casos de moradores da capital mineira, um da Região Nordeste e outro da Pampulha, são investigados.
De acordo com a promotora Líllian Marota, da Promotoria de Meio Ambiente, a retirada das capivaras do entorno da lagoa foi discutida na reunião de ontem. Porém, segundo ela, outros animais que vivem na região também deveriam ser remanejados. “Temos capivaras, cavalos, cães, gatos... Há toda uma fauna que habita a região da Pampulha que precisa ser considerada na elaboração do plano de manejo. A proteção em relação ao carrapato não pode ser concentrada em um único animal, ou não estamos resolvendo um problema de saúde pública”, completou. Novo encontro do grupo está marcado para 6 de outubro.
NOVAS SUSPEITAS Ao todo, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), referência regional em febre maculosa, examina 15 casos suspeitos da doença, 10 deles de Minas e cinco de outros estados, mas as origens de cada um não são reveladas. Em território mineiro, foram registrados este ano oito diagnósticos da doença, sendo que metade resultou em morte.
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estêvão Urbano, considera ser necessário ficar atento ao resultado dos casos investigados pela Funed. Caso haja confirmações nos casos de Belo Horizonte, ele lembra que a situação se confirmará como mais grave do que se imaginava.
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