O vídeo que flagrou um assalto em grupo, com agressões de sete adolescentes contra um estudante em plena luz do dia, em uma rua movimentada do Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, acendeu o alerta na vizinhança e evidenciou um problema que comerciantes da região denunciam ser cotidiano. Segundo eles, grupos de crianças e adolescentes, alguns aparentemente na faixa dos 10 aos 13 anos, estão aterrorizando a área, onde perambulam sempre em dupla ou em bando e invadem estabelecimentos, intimidando clientes, funcionários e lojistas.
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Presidente da Associação de Moradores de Lourdes confirma aumento de violência na regiãoVídeo flagra estudante sendo assaltado e agredido no Bairro de Lourdes, em BHBandidos fazem arrastão em restaurante no Bairro de LourdesPM apreende dois menores suspeitos de assalto a estudante em LourdesUma comerciante que preferiu o anonimato conta que a ação dos adolescentes tem assustado clientes. “Eles passam aqui e desafiam a gente, falam de uma maneira que dá medo. E tem sempre uns maiores, creio eu que na faixa dos 20 anos, que ficam na praça (Marília de Dirceu). Mas não sabemos se comandam os menores”, afirma. O segurança de um estabelecimento, que também pediu para não ser identificado, diz que o grupo é composto por 15 a 20 adolescentes. “Anteontem, eles assaltaram uma pessoa na drogaria e chamamos a polícia, que chegou rapidamente. Quando o menino que tinha o produto do furto viu os militares, o descartou, mas eu peguei o objeto e o entreguei ao policial”, relata.
Uma das donas de uma lanchonete vizinha conta ter chamado a polícia várias vezes, na esperança de conter a ação do bando. Somente ontem, durante os 10 minutos em que a equipe do Estado de Minas ficou no local, três grupos entraram no estabelecimento e um foi barrado. “Primeiro, eles pedem um salgado. Se houver negativa, eles se transformam e dizem: ‘Então, vou roubar’. Clientes estão deixando de vir aqui e os que vêm têm medo”, conta. “Não posso chamar a polícia sempre, pois dizem que só podem deter algum deles em caso de flagrante. Mas, mesmo se não roubam nada, aterrorizam. Usam crack indiscriminadamente na praça e vêm para cá enlouquecidos”, diz.
e agredido por grupo em plena luz do dia
Recentemente, segundo a empresária, um dos adolescentes tentou acertá-la com um porta-guardanapos.
ISOLADO O presidente da Associação de Moradores do Bairro de Lourdes (Amalou), Jeferson Rios, afirma que o ataque flagrado em vídeo foi inédito. “Não é frequente e acredito que esse deva ter sido o terceiro assalto do ano.
Mesmo que alguns moradores não compartilhem da sensação de medo – como a administradora Cristiana Caram, de 38 anos, que considera o bairro seguro –, pela rede de vizinhos protegidos via WhatsApp estudantes das escolas do entorno são orientados a andar sempre em grupo. “Temos que estar prevenidos. Evitar carregar joias, não transportar objetos de valor na rua nem andar falando ao telefone. Além disso, pedimos aos moradores que, caso ocorra algo, sempre registrem o boletim de ocorrência, pois é com base nele que a PM vai avaliar se o bairro é seguro ou não”, afirma. O representante da associação acrescenta que a região mais afetada pela insegurança é a área de comércio, bares e restaurantes. “Se tem um grupo de três ou quatro, chamamos a PM para fazer a abordagem.
A Polícia Militar informou que o 1º Batalhão tem adotado medidas para combater ações criminosas. Em nota, a corporação acrescenta que ações preventivas ocorrem em dias e horários de maior incidência de crimes, com emprego de serviços que auxiliam no controle dos índices de roubo. Destacando a importância de registro de boletins de ocorrências, a PM assegurou que tomará providências necessárias à otimização da vigilância na área..