A Polícia Civil indiciou Maximiniano de Souza Franco, de 34 anos, por matar sua esposa, Elisângela Pereira Cancio, também de 34, nesta sexta feira, 23, em Belo Horizonte. O corpo da mulher foi encontrado em uma fossa no quintal da casa do companheiro, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Maximiniano já tinha antecedentes criminais por lesão corporal e ameaça, além de ter ficado preso por dois anos por roubo.
De acordo com os policiais, as investigações constataram que a mulher foi morta pelo ex-marido. “Comparecemos à casa de Maximiniano, porém, ele ao identificar o veículo caracterizado da Polícia Civil e perceber a presença da equipe policial, empreendeu fuga pelo interior do quintal de sua residência. A equipe perseguiu o suspeito que atravessou vários terrenos vizinhos e embreou-se no matagal, não sendo possível localizá-lo”, contou o delegado responsável pela condução do inquérito policial, César Matoso.
Testemunhas relatam que o casal foi visto pela última vez, no dia 27 de novembro, em um bar, próximo ao local do crime. Os dois teriam discutido, ainda no estabelecimento comercial, e a briga se estendeu até a casa do suspeito. Em depoimento à polícia, testemunhas relataram que as brigas entre o casal tornaram-se comuns, visto que eles estavam em processo de separação. A vítima teria decidido pôr um fim na relação depois de descobrir uma traição do marido.
Ainda de acordo com levantamentos, o suspeito tinha um perfil dominador e, mesmo após a separação, tentava interferir nos hábitos e estilo de vida da mulher. Investigações apontam ainda que Maximiniano havia contraído uma dívida em nome de Elisângela para realizar uma obra no terreno da família. A mulher cobrava frequentemente o pagamento dos débitos. Para a polícia, todos esses fatores podem ter motivado Maximiniano a cometer o crime. Elisângela era mãe de cinco filhos, sendo dois deles com o indiciado.