Mesmo com a queda brusca no número de casos prováveis de dengue nos últimos meses em Minas Gerais, o número de mortes não para de subir. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que 229 pessoas perderam a vida ao contrair a doença em 2016. A estatística trágica assusta ainda mais se comparada com as do ano passado. O número representa o triplo de mortes de 2015, que contabilizou 76 óbitos.
A capital mineira continua na liderança no número de mortes. Somente neste ano, foram registradas 50 no total. Em seguida, vêm Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 48; Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 14; Uberaba, no Triângulo, com 11; Itaúna e Divinópolis, na Região Centro-Oeste, com 6; e Araxá, no Alto Paranaiba, com 5. Segundo a SES, 51,5% das vítimas tinham idade acima de 65 anos. Exames feitos nos doentes mostram que dois tipos de vírus da dengue estão circulando no estado. A do tipo 1 é a mais comum. Já o tipo 2 foi detectado em Uberaba, no Triângulo Mineiro, em três pessoas. O número de casos prováveis por dengue também é grande.
Já são 523.590 notificações, entre confirmados e suspeitos. Vale ressaltar que nos últimos meses, aconteceu uma queda brusca na doença. O início do ano foi de crescimento gradativo. Em janeiro, foram computados 59.510 casos, fevereiro, 141.665, março, 157.607. A partir de abril começou a declinar. No mês, foram 120.140 notificações. Mas, foi depois de maio que as quedas foram acentuadas. No período, o Estado contabilizou 37.082 casos prováveis, junho, 5.305, julho, 1.218, agosto, 928, e em setembro estamos com 135.
Zika e chikungunya
Outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também seguem em alta. Minas Gerais já registrou 15.130 casos suspeitos de zika. Já em relação à febre chikungunya, o número de casos prováveis da doença é de 818. Desde maio, devido à mudança climática, há uma grande diminuição no número de notificações.
RB