A eleição de mais cinco representantes da sociedade civil para compor a comissão que vai decidir o futuro do Mercado Distrital de Santa Tereza, no bairro de mesmo nome, na Região Leste de Belo Horizonte, renova expectativas dos moradores de que a reabertura do espaço ocorra em breve. O prédio está abandonado desde 2007 e por muitos anos foi alvo de disputa entre a população do bairro e a administração municipal. Agora, as partes buscam entendimento para ressuscitar a área.
A prefeitura fará uma reunião para que representantes da sociedade civil ocupem cargos vagos na comissão da Fundação Municipal de Cultura (FMC) que discute o projeto de ocupação do mercado. O espaço foi inaugurado em 1974, juntamente a outros dois distritais: o do Cruzeiro, na Região Centro-Sul, e o do Barroca, na Oeste. A reunião com a sociedade civil ocorrerá em 3 de outubro, às 19h, no MIS Cine Santa Tereza, na Rua Estrela do Sul, número 89, no próprio bairro.
Atualmente, apenas o Distrital do Cruzeiro continua abrigando feirantes. O do Barroca foi derrubado e deu lugar a um hospital. O do Santa Tereza, sobreviveu até o fim da década de 1990 e o espaço foi alvo de vários projetos de revitalização. A prefeitura, por exemplo, aventou a possibilidade de lá ser a sede da Guarda Municipal, o que foi rejeitado pelos moradores do bairro. O Distrital de Santa Tereza, então, abrigou parte da cozinha do restaurante popular. Ainda assim, o espaço está ocioso há quase uma década.
PROPOSTA O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Santa Tereza, João Bosco Alves Queiroz, acredita que, independentemente de quem venha a assumir a prefeitura, o futuro do mercado já está traçado. “A esperança dos moradores é que o destino do mercado seja decidido em breve”, disse. Segundo ele, a comissão foi criada em março, cinco integrantes saíram e as vagas serão ocupadas em eleição. “O nosso projeto junto com a Fundação Municipal de Cultura está muito adiantado. A proposta é voltar com o mercado como o que ele tinha antes, mas não apenas abastecimento, mas também ligado à cultura. Será eleito agora um representante na área de música. Queremos incluir todos os segmentos da sociedade civil”, disse João Bosco.
Embora reconheça a importância da instalação da comissão e da destinação de vagas de represantes da sociedade civil, Pedro Martins, um dos fundadores do Movimento Salve Santa Tereza, considera a medida “tardia”, já que ocorre no fim do mandado do prefeito. “Não sabemos qual vai ser o pensamento do prefeito que tomará posse em janeiro quanto às propostas já encaminhadas sobre o uso do mercado e quanto à Fundação Municipal de Cultura”, disse Martins, lembrando que graças à mobilização dos moradores do bairro o espaço não foi ‘privatizado’ e transformado em escola profissionalizante automotiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)”.
Segundo representantes dos moradores, o projeto da escola automotiva feria as normas da Área de Diretrizes Especiais (ADE) do Santa Tereza, perímetro protegido por regras diferenciadas, com objetivo de manter as características históricas e culturais do bairro, que é considerado reduto boêmio da capital.
Enquanto a reocupação do mercado não é definida, moradores marcam presença para mostrar a viabilidade da área. Esporadicamente, ocupam o estacionamento com o projeto Mercado Vivo + Verde, elaborado pelo Movimento Salve Santa Tereza, voltado para efetivar a ocupação cultural e comunitária do espaço.
O Mercado Vivo + Verde teve a sua terceira edição em 14 de agosto. A primeira foi na rua, ao lado do mercado, e proposta agrega, entre outros interesses, incluir iniciativas de desenvolvimento da agricultura familiar, fomento artístico e espaço de valorização da cultura negra. Há shows musicais, teatro, circo, artesanato, bazar, comidas, doces, plantas, feira de produtos orgânicos e feira de vinil.
A prefeitura fará uma reunião para que representantes da sociedade civil ocupem cargos vagos na comissão da Fundação Municipal de Cultura (FMC) que discute o projeto de ocupação do mercado. O espaço foi inaugurado em 1974, juntamente a outros dois distritais: o do Cruzeiro, na Região Centro-Sul, e o do Barroca, na Oeste. A reunião com a sociedade civil ocorrerá em 3 de outubro, às 19h, no MIS Cine Santa Tereza, na Rua Estrela do Sul, número 89, no próprio bairro.
Atualmente, apenas o Distrital do Cruzeiro continua abrigando feirantes. O do Barroca foi derrubado e deu lugar a um hospital. O do Santa Tereza, sobreviveu até o fim da década de 1990 e o espaço foi alvo de vários projetos de revitalização. A prefeitura, por exemplo, aventou a possibilidade de lá ser a sede da Guarda Municipal, o que foi rejeitado pelos moradores do bairro. O Distrital de Santa Tereza, então, abrigou parte da cozinha do restaurante popular. Ainda assim, o espaço está ocioso há quase uma década.
PROPOSTA O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Santa Tereza, João Bosco Alves Queiroz, acredita que, independentemente de quem venha a assumir a prefeitura, o futuro do mercado já está traçado. “A esperança dos moradores é que o destino do mercado seja decidido em breve”, disse. Segundo ele, a comissão foi criada em março, cinco integrantes saíram e as vagas serão ocupadas em eleição. “O nosso projeto junto com a Fundação Municipal de Cultura está muito adiantado. A proposta é voltar com o mercado como o que ele tinha antes, mas não apenas abastecimento, mas também ligado à cultura. Será eleito agora um representante na área de música. Queremos incluir todos os segmentos da sociedade civil”, disse João Bosco.
Embora reconheça a importância da instalação da comissão e da destinação de vagas de represantes da sociedade civil, Pedro Martins, um dos fundadores do Movimento Salve Santa Tereza, considera a medida “tardia”, já que ocorre no fim do mandado do prefeito. “Não sabemos qual vai ser o pensamento do prefeito que tomará posse em janeiro quanto às propostas já encaminhadas sobre o uso do mercado e quanto à Fundação Municipal de Cultura”, disse Martins, lembrando que graças à mobilização dos moradores do bairro o espaço não foi ‘privatizado’ e transformado em escola profissionalizante automotiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)”.
Segundo representantes dos moradores, o projeto da escola automotiva feria as normas da Área de Diretrizes Especiais (ADE) do Santa Tereza, perímetro protegido por regras diferenciadas, com objetivo de manter as características históricas e culturais do bairro, que é considerado reduto boêmio da capital.
Enquanto a reocupação do mercado não é definida, moradores marcam presença para mostrar a viabilidade da área. Esporadicamente, ocupam o estacionamento com o projeto Mercado Vivo + Verde, elaborado pelo Movimento Salve Santa Tereza, voltado para efetivar a ocupação cultural e comunitária do espaço.
O Mercado Vivo + Verde teve a sua terceira edição em 14 de agosto. A primeira foi na rua, ao lado do mercado, e proposta agrega, entre outros interesses, incluir iniciativas de desenvolvimento da agricultura familiar, fomento artístico e espaço de valorização da cultura negra. Há shows musicais, teatro, circo, artesanato, bazar, comidas, doces, plantas, feira de produtos orgânicos e feira de vinil.